Lanagro descarta prejuízo de invasão do MST à vacinação contra aftosa

Uma avaliação técnica minuciosa concluída na tarde desta quinta-feira apontou que a invasão do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ao Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) em Sarandi, no norte do Estado, não causou qualquer prejuízo à campanha de vacinação contra a febre aftosa no país.

A área invadida pelos sem-terra foi desocupada na manhã de quarta-feira em operação especial que reuniu cerca de 120 homens da Polícia Federal, Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar e Polícia Rodoviária Federal. Os 120 manifestantes foram revistados e identificados antes de deixarem a área em marcha.

O coordenador do Lanagro, Aguinaldo Perussolo, explica que a contagem dos animais concluída nesta quinta-feira revelou o sumiço de três dos 757 bovinos do rebanho. Mas ele esclarece que o abate não traz prejuízos devido à margem de segurança dos testes. Também revela que nenhum animal foi ferido pelos sem-terra.

- A falta de trato aos animais também não interferiu, pois eles se alimentaram de capim e tinham acesso à água. O status dele é perfeito - garante Perussolo.

A direção do laboratório também adotou medidas preventivas para readequar a estrutura danificada pelos sem-terra para o início de uma nova etapa de testes a partir da próxima semana. Perussolo observa que o número de vigilantes foi duplicado na área de 180 hectares, qua também conta com reforço da própria polícia.

De acordo com o coordenador, há uma negociação com a polícia para verificar uma forma de manter um monitoramento periódico para prevenir novas invasões. Ele também anuncia que a ideia de reduzir a área de trabalho por meio do confinamento de animais deve ser implantada gradativamente a partir do segundo semestre.

- O processo facilita a segurança ao reunir os animais em uma área menor. Pretendemos abrir licitação e iniciá-lo ainda neste ano - afirma Perussolo.