Paulo Ricardo Santos da Silva, o Paulão, 50 anos, foi preso em Copacabana, no Rio de Janeiro, no início da madrugada desta quinta-feira. Chefe do tráfico de drogas na Vila Maria da Conceição, bairro Partenon, zona leste da Capital, Paulão era procurado por homicídio e tráfico de drogas.
Preso por delegados da Polícia Civil gaúcha, Paulão deve chegar à tarde no Aeroporto Salgado Filho, na Capital. Foi marcada para as 10h30min, uma entrevista coletiva na sede do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), para esclarecer os detalhes da detenção.
Quem é ele?
Paulão responde a processos por tráfico desde 1982 e foi detido algumas vezes com drogas. Em 1988 foi condenado por homicídio de um rival - pena que já cumpriu.
Fugiu de colônia penal agrícola, em 1995. No mesmo ano foi acusado de tentativa de roubo contra o dono de uma residência, na Vila Maria da Conceição. Entre 1995 e 1997, foi preso três vezes por porte ilegal de pistolas.
Em 1998, tentou matar Carlos Alberto Silveira Drey, o Beto Louco, seu enteado, com o qual disputava pontos de drogas. Em 2003, foi acusado de ameaçar cortar o rosto de uma médica de um posto de saúde da vila que se recusou a receitar um remédio de uso controlado para a sua mulher.
O que pesa contra Paulão
- Foi denunciado por tráfico de drogas em processo que tramita na 7ª Vara Criminal de Porto Alegre, que autorizou escutas telefônicas e determinou a prisão preventiva de Paulão e seu grupo.
- Paulão já respondia a processos como mandante de três homicídios: a morte de José Antônio Rodrigues Braga, o Corujinha, 40 anos, em junho de 1998, na Capital; a de Gilberto da Silva Guedes, há cerca de três anos, em Venâncio Aires; e a de Adão Jorge da Rosa Pacheco, o Adão Zoiudo, executado dentro do Presídio Central de Porto Alegre, em setembro de 2007
- Em dezembro de 2007, Paulão seria julgado pela morte de Corujinha. O júri foi adiado porque o advogado dele adoeceu, mas Paulão acabou acabou preso preventivamente no Fórum Central pelo envolvimento na morte de Zoiudo
- Em julho, o TJ determinou que Paulão cumprisse a prisão em regime domiciliar, pois ele teria problemas cardíacos
- Denúncia da promotora a Lúcia Helena de Lima Callegari, da 1ª Vara do Júri da Capital, revela que, entre 14 e 15 de julho, durante o período em que esteve em prisão domiciliar, Paulão e o enteado dele, Carlos Alberto Silveira Drey, o Beto, ordenaram mortes por causa de uma briga pelo controle dos pontos de venda de drogas
- A denúncia se baseia em escutas telefônicas, autorizadas pela 7ª Vara Criminal, nas quais seguidores de Paulão comentam as mortes. Beto está preso, e Paulão fugiu em 22 de setembro. Pela morte de Corujinha, Paulão será julgado em 20 de março
Paulão, um dos traficantes mais procurados do RS, é preso no Rio
Por volta das 10h30min, delegados do Denarc concederão entrevista coletiva na Capital
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