O Brasil saiu do Taiti, sede do surfe nos Jogos Olímpicos, com duas medalhas. Uma delas foi conquistada por uma atleta gaúcha. Tatiana Weston-Webb, nascida em Porto Alegre, mas radicada no Havaí, ficou com a prata nas águas de Tehuapoo, na segunda-feira (5).
De segunda para cá, a "havaiucha" voou até Paris. Nesta quinta-feira (8), ela concedeu entrevista exclusiva para os veículos do Grupo RBS na Casa Brasil, na capital francesa.
Antes de participar da Olimpíada deste ano, Tati contou que tinha o sonho de conquistar uma medalha. O que era vontade se materializou ao alcançar o segundo lugar.
— Estou me sentindo muito orgulhosa de mim mesma, porque eu sei quanto eu me dediquei para alcançar esse sonho. É um sentimento incrível. Eu sempre sonhei em ganhar uma medalha. Consegui. Agora a gente está aqui em Paris curtindo — disse à brasileira.
Tati participou pela segunda vez dos Jogos Olímpicos. Em Tóquio, em 2021, parou nas quartas de final. A surfista absorveu os erros cometidos no Japão e conseguiu se preparar melhor para ir em busca da medalha na Olimpíada de Paris.
— Foram várias coisas que a gente trocou na preparação. Na retrospectiva, eu vi como eram importantes os Jogos de Tóquio e quanto eu poderia ter ganhado se me preparasse melhor. Eu tenho que agradecer a cada uma das pessoas que fizeram parte da minha jornada. Queria muito agradecer todo mundo no COB, porque eles realmente me apoiaram muito — finalizou.
Tati decidiu defender o Brasil nas competições internacionais de surfe após a modalidade entrar no programa olímpico. Antes disso, ela competia internacionalmente pelo Havaí, que é considerado pátria à parte no Circuito Mundial de Surfe, mas não pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Com o resultado, a surfista se tornou a primeira gaúcha a conquistar uma medalha de prata olímpica por uma performance individual.