A campanha histórica do Brasil no futebol feminino das Olimpíadas de Paris passa muito pela qualidade de Lorena. A goleira do Grêmio tem sido um dos destaques da equipe comandada por Arthur Elias, que agora disputará o ouro contra os Estados Unidos, às 12h do sábado (10).
— É incrível. O coração ainda está a mil. A ficha ainda não caiu. Estou muito orgulhosa dela. Eu tinha certeza que ela teria um ótimo desempenho. Sempre acreditei muito nela. Ver ela, com tanta garra, teve uma surpresa nova, mas a confiança sempre teve. A minha mulher é a melhor do mundo — diz Carla Tatiane, esposa de Lorena, em entrevista ao Gaúcha+ na tarde de quarta-feira (7).
Carla é uma das principais apoiadoras de Lorena, paulista de Ituverava, e que está no Grêmio desde 2019. O apoio, obviamente, não se faz presente somente nas conquistas. Ela falou sobre a lesão sofrida pela atleta, o que a deixou de fora da Copa do Mundo Feminina, em 2023.
— Foi difícil. A lesão chegou no momento que ela estava voando. Tinha sido destaque da Copa América. Foi em um lance bobo, no treino. Ela se machucou em março, fez a cirurgia em abril. No primeiro jogo do Brasil na Copa do Mundo foi o que ela mais sofreu. Depois ela começou a se reerguer — contou Carla, exaltando a obstinação da amada:
— Ela é muito focada. Nada tira ela do foco. É uma atleta completa e muito guerreira.
Depois de uma fase classificatória de altos e baixos, o Brasil se encontrou e passou por França e Espanha, até então consideradas favoritas ao pódio. Para Carla, a expulsão de Marta contra as espanholas, da maneira que foi, acabou unindo mais as jogadoras brasileiras até a final olímpica.
— Elas se uniram bastante. Não sei explicar ao certo. Acho que a expulsão da Marta fez com elas começassem a lutar com mais força. Isso deu mais força para elas — afirmou.