Hugo Calderano terminou o torneio de simples do tênis de mesa na Olimpíada de Paris neste domingo (4) com sentimentos ambíguos. Orgulhou-se do quarto lugar, o melhor resultado de um mesatenista brasileiro na história, mas desabou em lágrimas, se frustrou e se decepcionou bastante com a perda do bronze para o francês Felix Lebrun por 4 a 0.
— Foi um resultado positivo, mas decepcionante. Não consegui achar meu ritmo na partida. Conseguir uma medalha é meu maior objetivo desde que eu comecei a jogar tênis de mesa. Eu acho que essa decepção toda mostra o quanto esforço eu faço — resumiu à TV Globo.
Depois, em entrevista a jornalistas na zona mista, Calderano reconheceu ter sentido a derrota nas semifinais para o sueco Truls Moregard por 4 a 2 na última sexta-feira, quando perdeu 10 set points ao longo da partida.
— Tentei o meu melhor, mas é claro que fiquei muito decepcionado de não ganhar aquela semifinal. Tentei pensar em como abordar essa disputa do bronze. Fiz todo o possível e tudo que eu pude, mas infelizmente não consegui propor o meu melhor nesta partida — comentou.
Calderano admitiu que ficará decepcionado "todos os dias" durante meses, mas seguirá tentando realizar o sonho de conquistar uma medalha olímpica. A participação em Paris foi a terceira de sua careira nas Olimpíadas. Antes do quarto lugar na capital francesa, ele parou nas quartas de final em Tóquio, em 2021, e nas oitavas no Rio, em 2016.
— Não tem outra alternativa. Ainda tenho muito tempo pela frente ainda e estou conseguindo evoluir constantemente. Podem ter certeza que eu vou continuar. Tenho certeza que não é aqui que vou parar — afirmou ele, que tem 28 anos.
Sexto melhor do ranking mundial, o mesatenista brasileiro ainda não vai embora da França. Ele compete por equipes junto de Vitor Ishy e Guilherme Teodoro. A estreia é contra Portugal, nesta segunda-feira, às 10h (de Brasília), em duelo na Arena Paris Sul 4.
— Vai ser um desafio muito grande o torneio por equipes. Depois disso vou tirar algumas semanas ou um mês com minha família. O calendário do tênis de mesa é muito cheio. A gente quase não tem tempo para descansar — afirmou o mesatenista, que voltará a Ochsenhausen, na Alemanha, onde vive há uma década.