O Brasil ficou de fora da disputa por medalhas no conjunto geral na ginástica rítmica. Postulante ao pódio, a equipe ficou com a nona posição na classificatória, a 1.100 pontos da oitava colocação (Azerbaijão), que garantiria vaga na final. O fato, no entanto, tem explicação.
Depois de bela apresentação nos cinco arcos, com a quarta melhor nota (35.950), as meninas brasileiras tiveram 24.950 na série mista (três fitas e duas bolas), apenas a 10ª posição entre 14 equipes. Victoria Borges, uma das representantes, sentiu dores fortes na panturrilha e não conseguiu completar as dificuldades corporais. Assim, ninguém pontuou.
Duda Arakaki, capitã do conjunto, explicou após a apresentação o que ocorreu. A dor de Victoria já era de conhecimento de todas, mas a voltou com mais força pouco antes da segunda apresentação, durante um exercício simples de aquecimento.
— Ela quis competir, a gente queria competir nem que fosse pra finalizar a série, tanto é que ela marcou as dificuldades corporais. Por isso que a nossa nota não subiu tanto, porque a gente conseguiu fazer uma boa série. Temos um misto de sentimentos, pois sabíamos que a final estava encaminhada. O sentimento maior é de orgulho — disse à Rádio Gaúcha após a apresentação.
As brasileiras sonhavam com uma medalha inédita. A confiança está ancorada no desempenho recente. Em 2022, obteve seu melhor resultado, um quinto lugar, no Mundial realizado na Bulgária. No ano passado, duas medalhas rechearam o retrospecto recente brasileiro.
A formação contou com a capitã Duda Arakaki, Nicole Pírcio e Déborah Medrado, que estiveram nos Jogos de Tóquio, em 2021. As debutantes foram Victoria Borges e Sofia Madeira.