O quarto lugar de Ana Marcela Cunha na maratona aquática 10km nos Jogos Olímpicos de Paris pode ter sido a última vez que o povo do Brasil assiste a nadadora em uma Olimpíada.
A incerteza foi confirmada pela brasileira após a prova no Rio Sena na madrugada desta quinta-feira (8) em entrevista para a imprensa na zona mista.
— Eu acho que nesse ciclo olímpico não fui tão constante. Eu dei o meu melhor. Eu estou muito tranquila quanto ao meu resultado final. Óbvio que a gente queria uma medalha. Eu acho que é olhar pra frente agora. Eu não sei se eu vou ter outra oportunidade de estar na Olimpíada — disse à Rádio Gaúcha.
No ciclo do bicampeonato olímpico, Ana Marcela teve um altos e baixos desde a conquista do ouro em Tóquio. Ela passou por uma cirurgia no ombro esquerdo em 2022, trocou de treinador, mudou de país (mora na Itália) e enfrentou problemas de saúde mental.
Apesar de todos os percalços, ela se mostrou contente com os últimos três anos e valorizou o resultado conquistado nas águas de Paris. Ela só ficou atrás de Sharon van Rouwendaal, da Holanda; Moesha Johnson, da Austrália; e Ginevra Taddeucci, da Itália.
— Eu tenho que sair muito orgulhosa do meu ciclo. De tudo que eu pude fazer. Com todas as mudanças. Tudo que eu encarei. Um ano atrás, eu falei que eu não queria mais. Queria parar de nadar. Então, estar aqui hoje, ser quarto lugar, pra mim, é sensacional — finalizou.