Com os olhos marejados após ser eliminada nas oitavas de final, a arqueira brasileira Ana Luiza Caetano exaltou a maior visibilidade alcançada pelo tiro com arco brasileiro nas Olimpíadas. Após a derrota por 3 sets a 1 para a francesa Lisa Barbelin, a carioca de 22 anos disse a Zero Hora que a modalidade está no caminho certo.
— Me orgulha demais, estou feliz. Foi um combate duro, todos os sets que eu perdi foram por pouquíssima diferença de ponto. Então, é bom, é um sinal de que a gente está no caminho certo e agora é continuar que daqui a quatro anos tem mais — afirmou, logo após a derrota, na Esplanada dos Inválidos, palco das provas de tiro com arco.
Apesar de reconhecer o lado positivo de ter igualado o maior rendimento da história do Brasil na modalidade em Olimpíadas — com Ane Marcelle, nos Jogos do Rio, em 2016 —, Ana Luiza não conseguiu esconder as lágrimas e a tristeza com a derrota.
— O resultado não veio como eu esperava, mas foi um resultado bom e histórico. Agora, é continuar. São quatro anos de trabalho. Isso aqui é o auge, mas são quatro anos intensos e vamos lá que vem mais pela frente — completou.
Apesar dos gritos da torcida francesa, que apoiou de forma intensa a atleta local, Ana Luiza disse que gostou de competir em uma arena lotada e que ouviu muitos gritos de apoio da torcida brasileira.
— Eu fiquei muito feliz de ver uma arquibancada tão cheia. O meu objetivo, além do resultado, é popularizar o esporte de forma mundial. O esporte está crescendo. Então, essa arquibancada cheia me deixou muito feliz. Os brasileiros que estavam ali fizeram barulho, e isso me ajudou demais — finalizou.
O Brasil tem nova chance de medalha no tiro com arco neste domingo (4), com o também carioca Marcus D'Almeida. Número 1 do mundo na modalidade, o atleta de 26 anos enfrentará nas oitavas de final o número 2, o sul-coreano e bicampeão mundial Kim woo-jin.
As quartas, as semifinais e as disputas do bronze e do ouro ocorrerão no mesmo dia.