Dono de duas medalhas em Jogos Olímpicos na modalidade, o Brasil tentará subir ao pódio pela terceira vez na maratona aquática feminina. Entre as 24 atletas na disputa dos 10km, Ana Marcela Cunha, atual campeã olímpica, e Viviane Jungblut, nadadora do Grêmio Náutico União, entrarão nas águas do Rio Sena em busca de uma medalha. A prova começa às 2h30min (horário de Brasília).
Em busca do bicampeonato olímpico, Ana Marcela teve um ciclo de altos e baixos desde a conquista do ouro em Tóquio. Ela passou por uma cirurgia no ombro esquerdo em 2022, trocou de treinador, mudou de país (mora na Itália) e enfrentou problemas de saúde mental.
Ainda assim, conquistou a prata nos Jogos Pan-Americanos no ano passado, ficou em quinto no Mundial da modalidade em Doha no começo deste ano e levou o ouro na etapa da Itália da Copa do Mundo, em maio.
A grande questão dos Jogos Olímpicos é sobre a qualidade da água do Rio Sena. Os brasileiros optaram por não realizarem o treino prévio no local da prova.
— Nossa preocupação é fazer nosso treinamento e chegar 100%. Não estamos preocupados com mais nada, porque a organização já deu o lado dela. A gente coloca a cabeça na água e vai treinar. Vamos estar preparados, onde quer que seja — disse Ana Marcela ao jornal O Globo.
A gaúcha na prova
Em sua segunda Olimpíada, Viviane terá uma experiência diferente. Em 2021, ela disputou duas provas em piscina (800m e 1500m), mas dessa vez optou por disputar a maratona aquática. Vivi garantiu vaga nos Jogos de Paris em fevereiro ao terminar o Mundial de Esportes Aquáticos, no Catar, em 14º lugar.
— A nossa prova dura em torno de duas horas. São duas horas de foco total. Dá para dizer que treinei 21 anos para serem resolvidos em duas horas numa prova de 10km. Com certeza, agora a gente está treinando muito forte, com foco total na Olimpíada — disse em entrevista à Rádio Gaúcha em junho.
A neerlandesa Sharon Van Rouwendaal, atual campeã mundial, é a favorita ao pódio, assim como a alemã Leonie Beck, ouro no Mundial de 2023.