O apagão cibernético, que afetou serviços bancários e aeronáuticos no mundo inteiro, atrasou a chegada dos remadores do Brasil a Paris, nesta sexta (19). Por conta do transtorno, os cariocas Lucas Verthein, 26 anos, e Beatriz Tavares, 29 anos, ficaram retidos no aeroporto de Milão e desembarcaram na Vila Olímpica com mais de três horas de atraso.
— Tem coisas que só acontecem com o Botafogo, ou comigo — brincou Lucas, em alusão ao fato de ser torcedor e atleta do clube carioca.
Segundo o remador, o avião que conduzia a dupla da Itália, onde a equipe do remo fez um período de aclimatação, até Paris ficou mais de 1h30min parado na pista do aeroporto de Milão. Além disso, os atletas precisaram aguardar a chegada das bagagens por mais de uma hora no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.
— Tivemos esses imprevistos, mas nada que tenha comprometido o nosso dia. Estamos muito felizes de estar aqui — completou Lucas, que foi finalista em Tóquio e disputará em Paris a sua segunda Olimpíada
Já Beatriz Tavares também minimizou o imprevisto.
— Ficamos presos por mais de uma hora dentro do avião, mas não foi nada muito sacrificante. Eu dormi. Foi um perrengue, mas passou rápido — relatou.
O apagão provocou atrasos em voos e prejudicou serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo. A pane foi causada por um problema operacional na CrowdStrike, empresa de segurança cibernética cujo software é usado pelo sistema operacional Microsoft Windows. A Microsoft descartou a possibilidade de ataque cibernético.
Lucas Verthein e Beatriz Tavares foram à Vila Olímpica para participar do atendimento à imprensa promovido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Os remadores ficarão concentrados em uma base próxima ao Estádio Olimpíco Náutico, em Vaires-sur-Marne, a 50 quilômetros de Paris, onde estreiam nas Olimpíadas no dia 27 de julho.