O basquete feminino do Brasil começa, nesta quinta-feira (8), a disputa do Torneio Pré-Olímpico. A equipe treinada por José Neto enfrentará a Austrália, às 20h (de Brasília), no Ginásio Mangueirinho, em Belém. A competição dará três vagas para Paris. Alemanha e Sérvia são as duas outras seleções do grupo. As quatro equipes se enfrentarão em turno único.
O torneio em Paris será composto por 12 times e, até o momento, apenas França (país sede) e Estados Unidos (campeões mundiais) estão classificados. As outras 10 vagas serão definidas em quatro eventos. Além da sede de Belém, Xi'an (China), Antuérpia (Bélgica) e Sopron (Hungria) também receberão competições classificatórias.
A disputa no Brasil, assim como na Hungria, distribuirá três vagas, enquanto os eventos na China e Bélgica classificarão apenas duas equipes.
Para a seleção brasileira esta é uma grande oportunidade de retornar aos Jogos, após não conseguir a vaga para Tóquio, depois de sete participações consecutivas, com presença em três semifinais e a conquista de duas medalhas, a de prata em Atlanta-1996 e a de bronze em Sydney-2000.
Nos últimos anos, o Brasil tem buscado retomar uma melhor condição no cenário internacional. Além de perder a vaga olímpica na edição passada, a seleção também não se qualificou para disputar os mundiais de 2018 e 2022. Em 2023, a equipe conquistou o título da AmeriCup após 12 anos e garantiu o bicampeonato dos Jogos Pan-Americanos, o que valeu um salto no ranking mundial, voltando ao top 10 com a oitava colocação no geral.
Como chegam as seleções em Belém
O Brasil deposita suas principais esperanças nas experientes Erika de Souza, pivô que completará 42 anos em março, e que defende a seleção há duas décadas, e Damiris Dantas, 31 anos, ala-pivô que atua no Omanspor-TUR. Além delas, as jovens Kamilla Soares, 22, que atua pela Univesidade da Carolina do Sul na NCAA e que tem 2m1cm de altura, e Stephanie Soares, 23 anos e 1m98cm, que está no Dallas Wings da WNBA, são nomes que poderão ser decisivos. Apesar de terem o mesmo sobrenome elas não são parentes.
Apesar de o caminho parecer ser fácil pelo número de vagas, e dependendo da combinação de resultados, uma vitória pode ser suficiente, a tarefa será das mais complicadas.
A Austrália esteve no pódio olímpico entre 1996 e 2012 e nos últimos cinco mundiais conquistou um ouro, uma prata e dois bronzes, incluindo o da edição passada em 2022. A grande estrela da equipe é a veterana pivô Lauren Jackson, de 42 anos, que tem no currículo três pratas e um bronze olímpico, um ouro e três bronzes mundialistas e que foi eleita três vezes MVP da WNBA.
Segunda adversária do Brasil, no dia 10, a Sérvia foi bronze no Rio em 2016 e terminou os Jogos de Tóquio em quarto lugar, além de ter vencido duas das últimas cinco edições do Campeonato Europeu. A armadora americana Yonne Anderson, 33, que desde 2017 defende a seleção sérvia é a principal atração da equipe que é comabdada por Marina Maljković há 13 anos.
O último rival brasileiro será a Alemanha, no domingo (11). As alemãs jamais disputaram um torneio olímpico e só participaram do Mundial uma vez, em 1998. O país será sede do próximo campeonato em 2026 e, por isso, tem tido um grande investimento para melhorar seu desempenho internacional. No Europeu de 2023 ficou em sexto lugar e os principais nomes são as irmãs Satou e Nyara Sabally, filhas de mãe alemã e pai gambiano.
Mais velha, com 25 anos, a ala Satou defende o Dallas Wings da WNBA, enquanto Nyara, 23, foi selecionada pelo New Yor Liberty na temporada passada.
Confira as jogadoras convocadas do Brasil:
- Armadoras: Débora Costa, Carina Martins e Tainá Paixão
- Alas: Isabela Ramona e Leila Zabani
- Ala/pivôs: Vitória Marcelino, Vanessa Sassá, Damiris Dantas e Licinara Bispo
- Pivô: Érika Souza, Stephanie Soares e Kamilla Soares
A tabela do Pré-Olímpico em Belém:
Quinta-feira (8)
- 17h – Alemanha x Sérvia
- 20h – Brasil x Austrália
Sábado (10)
- 17h – Austrália x Alemanha
- 20h – Sérvia x Brasil
Domingo (11)
- 17h – Sérvia x Austrália
- 20h – Brasil x Alemanha
Veja os quatro grupos do Pré-Olímpico:
Grupo 1 - Xi'an (China)
- China, Porto Rico, Nova Zelândia e França
Grupo 2 - Antuérpia (Bélgica)
- Bélgica, Senegal, Estados Unidos e Nigéria
Grupo 3 - Belém (Brasil)
- Brasil, Alemanha, Sérvia e Austrália
Grupo 4 - Soporn (Hungria)
- Hungria, Espanha, Canadá e Japão
* Os grupos 1 e 2 classificam duas equipes para os Jogos Olímpicos, enquanto as chaves 3 e 4 classificarão três seleções para Paris.