Depois de superar o recorde de medalhas em uma mesma edição olímpica e confirmar 21 conquistas, o Brasil igualou neste sábado (7) a melhor marca em número de ouros. Com a vitória do futebol masculino diante da Espanha, o país chegou sete vezes ao lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas de Tóquio. Esse foi o mesmo número de conquistas na Rio 2016.
Em Tóquio, o Brasil já foi campeão olímpico com Italo Ferreira (surfe), Rebeca Andrade (ginástica artística), Martine Grael e Kahena Kunze (vela), Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Isaquias Queiroz (canoagem), Hebert Conceição (boxe) e agora com o futebol masculino. Só neste sábado, o Brasil conquistou três ouros.
O Brasil ainda tem duas possibilidades de superar esse recorde. Uma delas é a final do boxe feminino com Bia Ferreira, que luta contra a irlandesa Kellie Harrington. A outra chance é a final do vôlei feminino contra os Estados Unidos. O Time Brasil já colocou 19 medalhas no peito - sendo sete de ouro, quatro de prata e oito de bronze.
Confira as medalhas de ouro conquistadas pelo Brasil em Tóquio:
Italo Ferreira - surfe
O potiguar de Baía Formosa chegou a Tóquio como atual campeão mundial de surfe e se despediu como o primeiro campeão olímpico da modalidade, que fez sua estreia. Na final, o brasileiro superou o japonês Kanoa Igarashi, que havia avançado nas semifinais sobre Gabriel Medina, após decisão polêmica dos juízes.
Ana Marcela Cunha - maratona aquática
A baiana tem um arsenal tão grande de títulos na carreira que, aos 19 anos, já é um dos principais nomes da história da maratona aquática. Mas faltava uma medalha em olimpíadas. E não podia ter cor melhor. Na terceira participação dela no evento, Ana Marcela completou a prova de 10km com um corpo na frente, batendo na placa da linha de chegada em primeiro lugar, com o tempo de 1hora59min30seg8. A prata ficou com a holandesa Sharonvan Rouwendaal e o bronze com a australiana Kareena Lee.
Isaquias Queiroz - canoagem
Queiroz realizou o sonho de ser campeão olímpico e ganhou a medalha de ouro no C1 1.000m na canoagem velocidade. O feito reafirma a contribuição do treinador Jesus Morlán, que forjou outros campeões da modalidade, mas faleceu durante o ciclo para a Olimpíada. O esportista está a apenas uma medalha dos recordistas brasileiros, os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, que somam cinco pódios olímpicos no currículo.
Martine Grael e Kahena Kunze - vela (49er FX)
Martine e Kahena chegaram à medal race dependendo apenas de si para se tornarem bicampeãs olímpicas. A dupla de velejadoras de 30 anos terminou na primeira colocação, com larga vantagem sobre as adversárias diretas. São duas participações olímpicas e dois ouros na classe 49er FX.
Rebeca Andrade - ginástica artística
Depois de emocionar o país com a prata conquistada no individual geral, Rebeca foi além. A ginasta se sagrou campeã olímpica no salto sobre a mesa. O pódio foi completado com a americana Mykayla Skinner, com a prata, e a sul-coreana Seojeong Yeo, com o bronze. Com o feito duplo, a ginasta de Guarulhos (SP) tornou-se a primeira brasileira a ganhar duas medalhas em uma mesma edição olímpica.
Hebert Conceição - boxe
O boxeador Hebert Conceição conquistou a medalha de ouro na categoria dos pesos médios (até 75 quilos), ao vencer, neste sábado, o ucraniano Oleksabdr Khyzhniak, por nocaute técnico, no terceiro assalto. Aos 23 anos, o baiano de Salvador repete o feito de Robson Conceição, campeão olímpico em Rio-2016.
Futebol masculino
O Brasil conquistou o bicampeonato olímpico com a vitória sobre a Espanha por 2 a 1, na prorrogação, neste sábado. Richarlison, um dos destaques da equipe, foi artilheiro da competição. O gol do título foi marcado pelo atacante Malcolm, do Zenit, da Rússia.