O Brasil sobe mais uma vez ao pódio no judô nas Olimpíadas de Tóquio. Depois de Daniel Cargnin conseguir o bronze na categoria até 66kg no último final de semana, Mayra Aguiar repetiu a dose nesta quinta-feira (29) e chegou a sua terceira medalha olímpica de forma consecutiva - foi bronze em Londres, em 2012, e no Rio de Janeiro, em 2016. Ela se tornou a única mulher da história do esporte olímpico a conseguir três medalhas em esportes individuais.
— É a conquista mais saborosa que tive na vida, por tudo que eu passei nos últimos tempos, por toda aquela tensão, por acreditar e continuar lutando e batalhando. Hoje, poder concretizar toda uma trajetória, a batalha das dores, da luta psicológica, estou muito feliz — disse a André Silva, jornalista de GZH.
A judoca da Sogipa bateu a sul-coreana Hyunji Yoon na decisão do bronze com uma imobilização, que acabou resultado em um ippon. Depois de começar as Olimpíadas com vitória nas oitavas de final contra a israelense Inbar Lanir, Mayra perdeu nas quartas de final para a alemã Anna-Maria Wagner, terceira do ranking mundial. Na repescagem, ela derrotou a russa Aleksandra Babintseva e chegou a luta de disputa do bronze.
— Eu não estou conseguindo falar, estou bem emocionada. Acho que é a conquista mais importante para mim. Foi bem difícil esses últimos tempos para mim, tem que superar de novo e de novo. Eu não aguentava mais fazer cirurgia. É muito desgastante, ainda mais no momento que estamos vivendo, tive medo, tive angústia. Eu continuei, fazer o nosso melhor vale a pena. Está sendo muito importante para mim essa conquista —expressou Mayra assim que saiu do tatame à TV Globo.
Esta foi a segunda competição que a gaúcha participou desde que se recuperou de uma ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo, sofrida em setembro de 2020. Antes, havia disputado apenas o Mundial de Budapeste, quando parou na segunda luta.