Uma das equipes que representarão o Brasil no torneio masculino de vôlei de praia nos Jogos Olímpicos, Alison e Álvaro Filho embarcam na noite deste domingo (11), do Aeroporto de Guarulhos para uma longa viagem até Tóquio.
Cabeças-de-chave do Grupo D do torneio que será disputado no Shiokaze Park Stadium, no Parque Shiokaze, os brasileiros vão enfrentar os holandeses Alexander Brouwer/ Robert Meeuwsen, os norte-americanos Nick Lucena/Phil Dalhausser e os argentinos Julian Azad/ Nicolás Capogrosso na primeira fase da competição que começa no dia 24 - ainda não foi divulgada a tabela com datas dos confrontos.
Experiente e com duas medalhas conquistadas, o ouro no Rio-2016 e a prata em Londres-2012, Alison fala em 'frio na barriga'. O mesmo frio que sente o estreante Álvaro Filho.
— Estou muito feliz em poder representar o meu país. Claro que tem aquele friozinho na barriga, aquela vontade de querer chegar logo no Japão, de poder respirar os ares olímpicos, um sonho de uma vida que está perto de virar realidade — afirmou Álvaro, que fará sua estreia olímpica no Japão.
— Se não tiver 'frio na barriga' tem alguma coisa errada. Essa adrenalina é importante, é uma sensação boa, de agora estarmos bem perto de um primeiro objetivo que era poder defender o Brasil nas Olimpíadas. Chegou a hora e vamos levar muita coisa na bagagem com a gente além do nosso material: o apoio, o carinho e a confiança das nossas famílias, dos nossos amigos e do povo brasileiro — disse Alison.
A preparação, sob o comando de Leandro 'Brachola' Andreão (técnico campeão olímpico em 2016) foi a melhor possível, dentro dos limites impostos pela pandemia. Mas não há lamento. O foco está em fazer um bom campeonato, a cabeça já está em Tóquio e Alison e Álvaro Filho sabem bem o que espera pela dupla na caminhada rumo ao pódio na Ásia.
— Olimpíada é um campeonato diferente, tudo é diferente, o ambiente, a pressão, é um torneio de tiro curto onde você não pode errar. E essas Olimpíadas serão ainda mais diferentes, tudo vai ser novo para todo mundo nesse momento que vivemos. Serão Jogos únicos, inesquecíveis e muitas duplas, muitos países chegam fortes e candidatos à briga por medalhas. Não tem time fraco, não tem jogo fácil, para jogar Olimpíadas você precisa estar preparado para tudo. O equilíbrio é enorme — frisou Alison, que cinco atrás venceu ao lado de Bruno Schmidt.
— Temos que pensar jogo a jogo, encarar todas as partidas como se fossem finais. Porque é esse o espírito. Fizemos uma ótima preparação, estamos chegando bem fisicamente, tecnicamente, tudo que podíamos fazer nós fizemos e estamos bem confiantes em fazer um bom torneio — completou Alvinho, prata no Pan de Toronto-2015, ao lado de Vítor Felipe.