Os Jogos Olímpicos estão cada vez mais próximos de começar. Nesta quinta-feira (3), a contagem regressiva para o começo das atividades em Tóquio bate nos 50 dias — 23 de julho marcará a cerimônia de abertura, ainda que algumas competições sejam iniciadas dois dias antes.
A delegação brasileira (atualmente com 232 vagas) vai em busca de superar o recorde da Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, quando conquistou 19 medalhas — sete ouros, seis pratas e seis bronzes. Esse foi o maior número de pódios do Brasil em uma edição dos Jogos, superando as 17 medalhas de Londres, em 2012, e de Pequim, em 2008.
Muitos daqueles atletas que conseguiram conquistar uma medalha em solo brasileiro agora tentam novamente repetirem o feito. Outros não conseguirão buscar o lugar no pódio, ou por se aposentarem — caso de Poliana Okimoto, da maratona aquática —, ou por não se classificarem para o evento — Maicon Siqueira, do taekwondo.
GZH fez um levantamento apontando quais medalhistas olímpicos de 2016 têm chances de conquistar o objetivo novamente. Confira:
Rafaela Silva (judô) - ouro
Campeã olímpica no Rio de Janeiro, Rafaela não conseguirá defender o seu título no Japão. Ainda em 2019, foi pega no exame antidoping após o Pan-Americano de Lima e foi punida com dois anos de suspensão, que só acabam em novembro deste ano.
Thiago Braz (salto com vara) - ouro
Azarão em 2016, quando bateu o francês Renaud Lavillenie na final do salto com vara, Braz entra em Tóquio com outra visão por parte dos competidores. No último ciclo olímpico, alternou bons e maus momentos e teve resultados satisfatórios neste começo de 2021. Deve disputar medalha, ainda que o favorito seja o sueco Armand Duplantis, de 21 anos e recordista mundial.
Robson Conceição (boxe) - ouro
Após a conquista da medalha em 2016, Robson se profissionalizou no boxe e não está classificado para a Olimpíada de Tóquio.
Kahena Kunze e Martine Grael (vela) - ouro
Medalhistas de ouro no Rio, em 2016, Kahena e Martine são favoritas para repetirem a medalha, desta vez em Tóquio. Nos últimos meses, acumularam bons resultados em torneios com adversárias que vão enfrentar no Japão: um ouro na Espanha e um bronze em Portugal.
Alison Cerutti e Bruno Schmidt (vôlei de praia) - ouro
Os dois estão garantidos em Tóquio, mas com duplas diferentes. Enquanto Alisson agora é parceiro de Álvaro Filho, Bruno tem como dupla Evandro. As duas parcerias surgem como favoritas para brigarem por medalhas.
Seleção de futebol masculina - ouro
Depois de ganhar seu primeiro ouro no Rio, a seleção brasileira busca repetir o desempenho no Japão. Em toda competição que disputa, entra como a favorita para ganhar, principalmente se conseguir contar com Neymar.
Seleção de vôlei masculina - ouro
Nas últimas quatro Olimpíadas, a equipe conquistou quatro medalhas — duas de ouro (Rio e Atenas) e duas de prata (Pequim e Londres). Um retrospecto desses faz com que a seleção seja uma das favoritas a garantir uma vaga no pódio. Será a primeira Olimpíada com Renan Dal Zotto no comando técnico.
Erlon de Souza e Isaquias Queiroz (canoagem) - prata
A dupla surge como uma das favoritas para subir no pódio em Tóquio.
Felipe Wu (tiro esportivo) - prata
Wu chega a Tóquio em um cenário completamente diferente do que chegou no Rio. Em 2016, era líder do ranking mundial de sua categoria e disputava em casa. Desta vez, por muito pouco não ficou de fora dos Jogos. Com diminuição do apoio e uma lesão no ombro em parte do ciclo, o atirador caiu de rendimento, mas, na reta final da briga pela vaga, conseguiu se garantir. Entra como franco atirador.
Diego Hipólito (ginástica artística) - prata
Em dezembro de 2019, anunciou sua aposentadoria e não irá disputar a Olimpíada de Tóquio.
Arthur Zanetti (ginástica artística) - prata
Ouro em Londres e prata no Rio, Zanetti chegará aos Jogos com apenas uma competição no último ano. Apesar disso, deve ser um dos favoritos a medalhas nas argolas, sua especialidade.
Ágatha Bednarczuk e Bárbara Seixas (vôlei de praia) - prata
No último ciclo olímpico, a dupla se desfez. Ágatha agora é parceira de Duda, classificadas para o Japão. Já Bárbara, ao lado de Carol Solberg, não conseguiu a vaga em Tóquio. Apesar dos 37 anos de Ágatha, a carreira da jogadora fala por si só. Ela e Duda surgem com possibilidades de subir ao pódio.
Isaquias Queiroz (canoagem) - prata e bronze
O três vezes medalhista olímpico no Rio de Janeiro surge como uma das apostas para subir mais uma vez no pódio. Recentemente, foi prata na Copa do Mundo de Canoagem.
Mayra Aguiar (judô) - bronze
Bicampeã mundial e com duas medalhas olímpicas, Mayra chegará à competição depois de um longo tempo parada. Mesmo assim, surge como uma das favoritas em busca do ouro inédito.
Rafael Silva (judô) - bronze
Sétimo no ranking mundial do peso acima de 100 quilos, Baby, como é conhecido, pode repetir a medalha conquistada em 2016 agora no Japão.
Arthur Nory (ginástica artística) - bronze
Campeão mundial em 2019 na barra fixa, Nory surge como um potencial candidato a medalha para o Brasil. Em 2016, foi medalhista no solo.
Poliana Okimoto (maratona aquática) - bronze
Aos 38 anos, a nadadora já está aposentada e não irá competir em Tóquio.
Maicon Siqueira (taekwondo) - bronze
Não irá para o Japão, pois não conseguiu se classificar — primeiro pelo ranking mundial e depois por não ter sido convocado pela federação para o pré-olímpico.