O cavaleiro João Victor Marcari Oliva montando Escorial Horsecampline fechou sua apresentação no Grand Prix do Concurso de Adestramento Internacional CDI3* de Compiègne, na França, na última sexta-feira (28), com a média final de 70,130%. Eles ficaram em 11º lugar entre os 40 inscritos, de 11 países.
A dupla alcançou seu 3terceiro índice olímpico, que é o mínimo de 66%, junto a três juízes cinco estrelas da Federação Eqüestre Internacional (FEI): Susan Hoevenaars, da Austrália (69,022%), Maria Colliander, da Finlândia (69,565%) e o alemão Elke Ebert, (69,891%). Outros dois juízes (FEI4*) atribuíram ao conjunto notas acima de 70%: Annick Dauban, da França (70,435%) e Maarten van Der Heijden, da Holanda (71,739%).
O Brasil tem direito a uma vaga no hipismo adestramento nos Jogos de Tóquio. Para defender o país, o candidato precisa obter em pelo menos dois eventos definidos pela FEI o índice mínimo tanto na nota média final como com um juiz FEI5*.
A busca dos cavaleiros pela vaga em Tóquio começou logo depois dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 e se intensificou em 2020 e 2021. O prazo para atingir a elegibilidade é 21 de junho e a nomeação final tem prazo máximo até 5 de julho.
Com três índices técnicos, João Victor Oliva montando Escorial Horsecampline é o grande favorito à vaga. O conjunto foi formado em setembro de 2020 como um projeto olímpico idealizado pela JRME Horse Campline, proprietária do cavalo português de 12 anos.
— Fiquei feliz com a prova e por ter conseguido uma boa pontuação em uma competição tão importante como esta. Eu e o Escorial estamos nos entendendo cada vez melhor. Agora é focar, melhorar ainda mais e estar preparado para competir e representar o Brasil em Tóquio — disse João.
Em novembro, em estreia internacional no CDI3* de Alter do Chão, João Victor e Escorial Horsecampline tiveram 71% e com dois juízes FEI 5*. Em abril deste ano, no CDI3* de Abrantes, veio o 2º índice: 69,130% de nota final e com três juízes FEI5*.
João Victor tem 25 anos e estreou nas pistas em 2008, é atleta militar, integrou o Time Brasil nos Jogos do Rio 2016, fez parte das equipes medalha de bronze nos Pan-Americanos de Toronto 2015 e Lima 2019. Ele participou de duas edições dos Jogos Equestres Mundiais, em 2014 na França e em 2018 nos Estados Unidos.
Foi campeão individual e por equipe do Sul-Americano de 2014, no Chile, e representou o Brasil na final da Copa do Mundo de Adestramento, nos Estados Unidos, em 2017.