Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio negaram que esteja marcada uma reunião para fevereiro sobre um eventual cancelamento do evento esportivo, previsto para julho deste ano. A 32ª edição dos Jogos deveria ter ocorrido em 2020, mas foi adiada pela pandemia de covid-19.
São "informações falsas", afirmou o diretor-geral do comitê organizador, Toshiro Muto, referindo-se às especulações da imprensa japonesa. Segundo os jornais locais, o Comitê Olímpico Internacional (COI) deve discutir em fevereiro se os Jogos serão realizados ou não.
— Quando esse tipo de informação vem à tona, algumas pessoas podem ficar preocupadas. Quero dizer que não pensamos assim de forma alguma e que essas matérias são falsas— afirmou.
O dirigente minimizou a pesquisa divulgada pela agência Kyodo News, que mostrou uma queda do apoio da opinião pública à realização dos Jogos Olímpicos. Segundo os números apresentados, 45% dos entrevistados se manifestaram a favor de um novo adiamento, e 35%, de seu cancelamento definitivo.
Na semana passada, o Japão declarou estado de emergência em Tóquio e em suas regiões limítrofes, devido ao aumento de casos de covid-19 e isso reforçou o ceticismo da opinião pública em relação aos Jogos.
— O número de pessoas pedindo o adiamento dos Jogos aumentou muito, mas isso significa que essas pessoas continuam querendo que os Jogos sejam realizados — disse Muto.
Para o chefe do comitê organizador, as medidas de prevenção serão fundamentais para garantir a realização do evento, programado entre 23 de julho e 8 de agosto.
—É claro que, para que ocorram, devemos garantir que organizamos Jogos seguros com medidas contra o vírus — frisou.
Na segunda-feira, o remador britânico Matthew Pinsent, tetracampeão olímpico, pediu o adiamento dos Jogos Olímpicos e sugeriu que os de Tóquio sejam em 2024; os de Paris, em 2028; e os de Los Angeles, em 2032. Dessa forma, o calendário seria alterado com cada edição ocorrendo quatro anos do programado.