Com menos de seis meses para o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, Yoshiro Moru, presidente do Comitê Organizador deixou claro nesta quinta-feira (28) que um novo adiamento do evento está fora de cogitação.
— Confirmo a intenção de todos e que não há nenhuma voz discordante ou que se oponha. Todo mundo tem o sentimento profundo de realizar os Jogos de Tóquio — afirmou Mori em entrevista coletiva. — Trabalhamos sobre uma base sólida — acrescentou.
Mori revelou que teve uma reunião com o alemão Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), e que foi acordado que, assim que possível, será passado o andamento da vacinação contra o novo coronavírus no Japão. Ele destacou ainda que a dúvida que existe é sobre a presença de público nas competições.
— Estamos convencidos de que todas essas dúvidas serão esclarecidas no dia da abertura dos Jogos — disse Mori, após Bach afirmar que o COI "não perde tempo com especulações" e que está focado na data da cerimônia de abertura, em 23 de julho.
Os organizadores destacaram que estão considerando um amplo leque de planos para diferentes possibilidades perante a evolução da pandemia da covid-19, o que afetará as medidas de prevenção do contágio entre atletas e a presença do público nas arquibancadas, questões que devem ser definidas nos próximos meses.
Uma das medidas em análise passa pela inoculação de vacinas entre atletas estrangeiros, que o COI promoverá embora não deva ser obrigatória, assim como a vacinação em larga escala no Japão, processo que não terá início até o final de fevereiro e que irá durar meses.
— Temos de ter muita paciência com os preparativos da vacina — disse Toshiro Muto, CEO do Comitê Organizador, que lembrou que cada país "tem as suas próprias medidas sanitárias", pelo que ainda é necessário "discutir diferentes cenários futuros antes de se chegar a conclusões".
O Comitê Organizador "espera que a vacina seja dada ao maior número de pessoas possível", tanto no Japão como em atletas estrangeiros e potenciais visitantes, embora esta medida não seja uma condição indispensável para a celebração dos Jogos.
No que diz respeito ao acesso de estrangeiros ao país para os Jogos e à sua presença nas arquibancadas olímpicas, os anfitriões também lidam com "diferentes tipos de cenários", incluindo a realização de competições à porta fechada, completou Muto.