A menos de um ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio, uma notícia pegou os brasileiros de surpresa: a judoca bimedalhista olímpica Mayra Aguiar teve uma ruptura no ligamento cruzado anterior (LCA) do joelho esquerdo, passou por uma cirurgia delicada, e o tempo de recuperação inicial era de pelo menos seis meses. No entanto, não há motivos para terra arrasada: este prazo deve ser menor.
Na quarta-feira (4), a atleta foi até São Paulo, onde realizou a operação, para uma consulta de reavaliação. As notícias são as melhores possíveis: o tratamento está evoluindo bem, e a expectativa é de que Mayra volte a treinar de forma leve no tatame no final de dezembro.
— Lesão é sempre ruim, mas já passei por sete cirurgias, um monte de lesões, e sempre tive uma experiência positiva depois. Estou me sentindo superbem, atleta não tem tempo para sofrer, né (risos)? Só os primeiros dias, e depois, acabou — declarou a bicampeã mundial, em contato com a reportagem de GZH.
Fazendo fisioterapia, hidroterapia e bicicleta em Porto Alegre, a sogipana de 28 anos já não usa mais muletas e não sente dor alguma. Nos próximos dias, a Sogipa deve fechar uma parceria com a UFRGS para a utilização de um aparelho que avalia a capacidade do músculo, o que ajudará no retorno antecipado da atleta às competições.
Segundo o planejamento de seu estafe, Mayra deverá estar apta a competir em março de 2021. Fará duas ou três competições, e aí vai para a Olimpíada. Na prática, a gaúcha já está qualificada para os Jogos mesmo se não competir mais no circuito mundial. Atual número 5 do ranking até 78 quilos, a judoca possui pontuação suficiente.
— A recuperação está indo muito bem. Os médicos, os fisioterapeutas e os preparadores físicos estão satisfeitos com o progresso. Já estou suando bastante e fortalecendo a parte física. Em janeiro, volto a colocar quimono e, em março ou abril, já devo competir. Ou seja, mudou o meu caminho, mas o destino segue o mesmo: Tóquio — completou.
Mayra se lesionou durante o treinamento de campo da seleção brasileira de judô em Portugal, no mês de setembro. Voltou ao Brasil e logo realizou o procedimento cirúrgico, o que foi subsidiado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).