A Seleção Brasileira olímpica foi derrotada pelo Egito, por 2 a 1, de virada, nesta terça-feira (17), no encerramento do Torneio Internacional sub-23 do Cairo. Com vaga assegurada nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que serão disputados em julho do próximo ano, o time brasileiro vinha de uma vitória sobre a Coreia do Sul, no último sábado.
Contra o Egito, o técnico André Jardine apostou na base da última partida e fez apenas uma alteração. No gol, Daniel Fuzato entrou na vaga de Phelipe Megiolaro, que pertence ao Grêmio e está emprestado ao Dallas FC. Os destaques mais uma vez ficaram por conta do zagueiro Gabriel Magalhães, que faz boa temporada no Arsenal-ING, do meia Reinier, ex-Flamengo, que defende o Borussia Dortmund, e dos atacantes Rodrygo, do Real Madrid, e Matheus Cunha, do Herta Berlim.
O Brasil dominou o primeiro tempo e fez sua primeira conclusão aos seis minutos, quando David Neres pegou uma sobra na entrada da área e chutou fraco, sem dificuldades para o goleiro Mahmoud Gad. Os brasileiros tinham posse de bola, mas não criavam muito perigo para a equipe da casa.
Na primeira chegada mais forte da equipe brasileira no ataque veio o gol de abertura do placar. Aos 16, Davis Neres recebeu na direita, fez a finta diante da marcação e cruzou para Matheus Cunha, que venceu a zaga e cabeceou forte no canto esquerdo. O goleiro Gad fez uma defesa parcial e e bateu na trave, ficando a sobra com Reinier, que tentou finalizar mas foi travado pela defesa. Rodrygo aproveitou a confusão e chutou forte, estufando as redes. Depois, na revisão do VAR foi mostrado que a bola já havia entrada na cabeçada de Matheus Cunha, que dessa forma marcou pela 16ª vez com a camisa da seleção olímpica.
Após sofrer o gol, o Egito se lançou mais ao ataque, explorando as jogadas de velocidade, pelas laterais. Aos 35, Karim Fouad cruzou da esquerda para Ahmed Rayan, que subiu sozinho e cabeceou por cima do gol de Daniel Fuzato. Logo depois, aos 38 minutos, Salah Mohsen rouba a bola na entrada da área e fez o passe para Ahmed Rayan, que parou na boa defesa do goleiro brasileiro.
Virada egípcia em 10 minutos
O segundo tempo começou com uma troca no Brasil, Marcos Antônio no lugar de Wendel, e duas alterações na seleção egípcia. As modificações do técnico Shawky Gharieb surtiram efeito. Logo aos dois minutos, Karim Fouad cruzou na medida para o cabeceio certeiro de Karim El-Eraky.
A igualdade motivou ainda mais o Egito, que na abertura do torneio havia empatado em 0 a 0 com a Coreia do Sul. Aos 8, Ahmed Rayan perdeu a chance da virada. Porém, dois minutos depois, o zagueiro Gabriel Magalhães perdeu uma bola no meio-campo e Abdelrahman Magdy, que avançou pela direita e fez ótimo passe entre os zagueiros brasileiros para Ahmed Rayan, que desta vez não desperdiçou e chutou na saída de Daniel Fuzato.
Os dois gols egípcios deixaram a Seleção Brasileira olímpica atordoada e aos 14, Fuzato evitou o terceiro em chute de Amar Hamdy. A partir dos 22 minutos, o técnico André Jardine passou a promover trocas na equipe em busca de um melhor desempenho e do empate.
Mas mesmo com as entradas de Evanílson e Tetê, o ataque brasileiro não conseguiu criar oportunidades e o goleiro Gad não fez nenhuma defesa até que os cinco minutos de acréscimo se esgotassem.
O Brasil atuou com Daniel Fuzato, Emerson (Dodô), Lyanco, Gabriel Magalhães (Murilo) e Caio Henrique (Tetê); Maycon (Gabriel Assunção), Wendel (Marcos Antônio) e Reinier (Evanílson); David Neres (Mauro Júnior), Matheus Cunha e Rodrygo.
Esta foi a terceira derrota da seleção olímpica em 20 jogos disputados desde o ano passado. As anteriores aconteceram em amistosos para o Japão e a Argentina. Agora, a equipe só voltará a jogar na próxima temporada, quando mais duas convocações estão previstas, m março e junho. Depois, André Jardine definirá o grupo de 18 atletas que disputarão os Jogos de Tóquio.