Um membro do conselho executivo do comitê organizador da Olimpíada de Tóquio disse nesta quarta-feira (11) que irá propor a possibilidade de adiar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, marcados inicialmente para julho e agosto deste ano, devido a epidemia de coronavírus. A ideia, conforme Haruyuki Takahashi relatou à agência Kyodo News, é apresentar essa proposta durante reunião do grupo no final deste mês.
— Precisamos lidar (com o caso) com base na realidade. O tempo está se esgotando — disse.
Na terça-feira (10), o Wall Street Journal informou que Takahashi declarou que seria mais realista adiar os Jogos por um ou dois anos, em vez de cancelar o evento.
— Eu não acho que os Jogos possam ser cancelados, seria um atraso. O Comitê Olímpico Internacional estaria em apuros se houvesse um cancelamento. Os direitos da TV americana por si só fornecem uma quantia enorme (de dinheiro) — afirmou Takahashi.
Em resposta nesta quarta, o comitê organizador negou ter conhecimento sobre a sugestão de seu membro e reafirmou que a cerimônia de abertura da Olimpíada continua prevista para 24 de julho.
De acordo com o jornal americano, cerca 73% das receitas do COI são provenientes dos direitos de transmissão das competições.
Adiar o megaevento, algo que nunca ocorreu na sua edição moderna (desde 1896), vai contra o estabelecido na Carta Olímpica, documento que rege a atuação da entidade. O contrato do COI com a cidade de Tóquio a princípio vale apenas para 2020.
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