O jamaicano Nesta Carter levou a pior na tentativa de recuperar o ouro olímpico no revezamento 4x100m em Pequim 2008, perdido por doping. A Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira (31) que manteve sanção imposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) ao atleta e aos seus companheiros de prova na ocasião: Usain Bolt, Asafa Powell, Michael Frater e Dwight Thomas.
A decisão do COI, mantida pela CAS, beneficiou Trinidad e Tobago, que herdará o ouro, Japão, que ficará com a prata, e o Brasil, que levará o bronze. O time formado por Vicente Lenílson, Sandro Viana, Bruno de Barros e José Carlos Moreira foi quarto colocado na prova. A realocação das medalhas acontecerá após o fim de todos os trâmites burocráticos.
Em janeiro de 2017, o órgão retirou o ouro da Jamaica por causa de uma amostra de exame de Carter, analisada oito anos depois da edição dos Jogos de Pequim, apontar uso do estimulante metilhexanamina.
"O painel concluiu que a amostra coletada após a corrida em Pequim confirmou a presença de metilhexanamina e por isso não aceitou os argumentos aparentados pela defesa de Carter, que demandou que ignorássemos o teste e que a decisão do COI deveria ser desfeita. O painel da CAS registra que o caso está estritamente ligado às consequências relacionadas aos Jogos de Pequim. Questões ligadas a falhas e negligência não são relevantes, uma vez que sanções como inelegibilidade e desqualificação para outros eventos não estavam em questão aqui", informou a CAS, por meio de um comunicado.
Carter, portanto, mantém o título olímpico conquistado nos Jogos de Londres, em 2012, vencido também em conjunto com a equipe da Jamaica que disputou o revezamento 4x100m. O velocista ainda detém três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze em Campeonatos Mundiais de atletismo.