Se é mesmo verdade que o brasileiro não desiste nunca e nutre esperanças renovadas a cada desterro, esta sexta-feira é um dia ideal para tanto no atletismo. Isso porque duas apostas fortes de medalha da Confederação Brasileira marcharão, quem sabe, rumo ao pódio.
Nesta sexta, tem marcha atlética, aquela prova em que você tem de caminhar o mais rápido possível. Não pode ficar nem um segundo sem um apoio no solo. Não pode correr, em resumo. No masculino, a marcha é de quase inverossímeis 50km. E o brasiliense Caio Bonfim, 25 anos, já disse a que veio nos Jogos. Beliscou bronze na marcha de 20km, não muito longe do terceiro corredor. Chegou em quarto. Quase subiu ao pódio.
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Mas a esperança maior parece estar nos 20km feminino. A pernambucana Erica Sena, 31 anos, treina na cidade de Cuenca, no Equador, onde mora com o marido e treinador, em uma altitude de 2,5 mil metros. No ranking da Federação Internacional de Atletismo, a poderosa IAAF, ocupa a quarta colocação. No Mundial de Pequim do ano passado, chegou em sexto.
Há, ainda, a final do revezamento 4x100m, mas será preciso correr muito mais do que classificatória. O quarteto brasileiro (Jorge Vides, Vítor Hugo, Bruno Lins e Ricardo Mário) marcaram o último tempo entre as oito equipes finalistas. O 4x400m feminino, nas eliminatórias, seria uma zebra se avançasse. Melhor nem pensar na desclassificação de ontem do 4x100m feminino, quando Kauiza Venâncio foi acusada de provocar a queda de bastão do time americano, ao tocar involuntariamente na adversária.
A esperança está mesmo na marcha, hoje. A marcha da esperança.