No discurso de abertura da 129ª sessão do Congresso do Comitê Olímpico Internacional (COI), nesta terça (2), no Rio, o presidente da entidade, Thomas Bach, defendeu uma completa reformulação do sistema de controle antidoping da Wada (Agência Mundial Antidoping). Segundo Bach, o caso russo é uma demonstração de que o esporte necessita de um controle mais robusto e transparente do uso, pelos atletas, de substâncias proibidas.
- Os recentes acontecimentos mostraram que precisamos de uma revisão total do sistema antidoping da Wada. O COI faz um apelo pela criação de um modo de combate mais robusto e eficiente que requer responsabilidades claras, mais transparência, mais independência e uma maior harmonia - declarou o dirigente.
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A declaração veio acompanhada de uma promessa do presidente da entidade de oferecer sugestões à Wada para as modificações que julga necessárias:
- O COI apresentará propostas no fórum olímpico de outubro deste ano e na conferência extraordinária sobre doping da Wada em 2017, a qual fomos convidados. Continuaremos evoluindo nos controles e nas punições - garantiu Bach.
Tratando de doping, o COI segue analisando individualmente os casos dos atletas russos. Segundo a agência AFP, o Comitê destacou três membros exclusivamente para definir se os competidores podem ou não disputar os Jogos Olímpicos. No Rio de Janeiro, estima-se que serão coletadas 4.500 amostras de urina e 1.000 de sangue para análise sobre presença de substâncias proibidas:
- As amostras destes Jogos de 2016 serão guardadas durante 10 anos. As punições em casos de doping nos Jogos serão responsabilidade de forma independente do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) e não mais do COI. A mensagem que estamos mandando com todas estas ações é clara: queremos manter à distância todos os trapaceiros dos Jogos. Não há lugar onde possam se esconder - encerrou Thomas Bach.