Maior das 15 repúblicas que formavam a antiga União Soviética, a Rússia passou a ter na história dos Jogos Olímpicos o mesmo protagonismo esportivo. Não apenas por conta das 398 medalhas somadas em suas cinco participações anteriores, a primeira delas nos Jogos de Atlanta 1996, mas especialmente pelo tamanho de suas delegações.
Se há quatro anos, em Londres, os russos estiveram com um total de 430 atletas, a partir deste sábado, no Rio 2016, serão somente 271 competidores, número inferior à de Atlanta, quando participaram 391 atletas. Esta será a menor delegação da Rússia em todos os tempos.
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O motivo que causou tamanho encolhimento tem um nome: doping. Por causa do relatório produzido pela Wada (Agência Mundial Antidoping), que comprovou existir uma política de estado russa de manipulação e acobertamento de exames positivos de doping, mais de 100 atletas russos foram proibidos de participar do Rio 2016, despertando a ira daqueles que se consideram injustiçados.
– Eles nos tiraram [do Rio 2016] de forma rude e sem nos dar chance de defesa – declarou a bicampeã olímpica no salto com vara Elena Isinbayeva, durante uma cerimônia no Kremelin que homenageou os russos que estarão competindo no Rio.
O atletismo foi a modalidade que mais desfacará a Rússia nesta Olimpíada, por causa do banimento total após decisão da IAAF (Associação das Federações Internacionais de Atletismo). Mas haverá desfalques na canoagem, remo, levantamento de peso e natação.
Antes de Londres 2012, a Rússia apresentou seu recorde de participantes na Olimpíada de Pequim 2008, quando contou com a participação de 454 atletas.