Ryan Lochte não para de contradizer a versão sobre o assalto que teria sofrido durante sua estada no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos. Desta vez, já nos Estados Unidos, o nadador concedeu uma entrevista à rede norte-americana NBC e afirmou que o assalto ocorreu em um posto de gasolina e que não ficou com uma arma apontada para sua cabeça.
A nova versão do incidente é diferente da que o atleta deu em uma entrevista no último domingo, horas após o assalto, na Praia de Ipanema. Segundo o próprio Lochte, seu táxi havia sido parado por homens com um distintivo policial e uma arma foi apontada para sua cabeça.
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– Eu me recusei, falei que não fiz nada errado, então não vou deitar no chão. Então ele puxou sua arma, engatilhou, colocou na minha testa e disse "se abaixa". Então coloquei as mãos para cima. Eu estava tipo "que seja". Ele pegou nosso dinheiro, minha carteira. Ele deixou meu celular e minhas credenciais – disse na ocasião.
Na nova versão, o nadador disse estava com mais três nadadores em um posto de gasolina após saírem de uma festa na Lagoa, zona sul do Rio. Ao saírem do banheiro, tiveram uma arma apontada para eles.
Ryan Locthe e James Feigen, outro nadador, chegaram a prestar depoimento sobre o assalto, mas os investigadores viram contradições. A pedido da delegacia, na manhã de quarta a Justiça mandou apreender o passaporte de Lochte e Feigen, para que não deixassem o Brasil antes da conclusão das investigações.
Porém, Lochte já estava nos Estados Unidos. Feigen permanece no Brasil e está intimado para prestar novo depoimento. No aeroporto, Bentz e Conger, testemunhas, tentaram embarcar mas foram retirados da aeronave pelos policiais. Ambos se calaram em depoimento.
Segundo o portal G1, a polícia vai enviar por ofício ao FBI com uma relação de perguntas para que Lochte responda, dos Estados Unidos, por carta precatória.
A polícia ainda procura o taxista que teria levado os nadadores à Vila Olímpica naquela manhã.
Em um vídeo divulgado pelo jornal britânico Daily Mail, os quatro nadadores aparecem na portaria e passam pelo detector de metais antes de entrar. Lochte chega a brincar com Feigen, o que, segundo o Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, evidencia que os atletas chegaram com suas "integridades físicas e psicológicas inabaladas".
*ZHESPORTES