Famosos pela resistência a dor, os goleiros de handebol jogam sem luvas, mas jamais dispensam o protetor genital – também chamado de coquilha. "Uma ferramenta indispensável" para evitar lesões, garante Vincent Gérard, da seleção francesa.
– Nem é necessário explicar muito para dizer que é uma região que precisa ser protegida – afirmou o goleiro de 29 anos, que admitiu usar o protetor genital desde os 14, quando começou a praticar handebol.
– Não há idade para se proteger. A coquilha é o básico para essa posição, assim como a calça – explicou Gérard, que joga a primeira Olimpíada da carreira.
As boladas nas partes íntimas não são frequentes durante uma partida, porém, os arremessos podem chegar a 130 km/h, tornando praticamente impossível ignorar tal proteção.
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– Eu ouvi falar de um goleiro alemão meio louco que jogava sem proteção. Eu não conseguiria. Já é bastante dolorido receber uma bolada naquele lugar com uma coquilha, nem imagino como é sem – brincou o goleiro.
Vendido por cerca de R$ 50, o protetor genital do goleiro de handebol é parecido com o usado no taekwondo e é composta por um cinto com tiras ajustáveis feito de material leve (algodão, poliéster ou neoprene) que garante a firmeza de uma coquilha imóvel.
– Alguns modelos vêm com buracos (de aeração) para aumentar a leveza e o conforto – detalhou Gérard.
Algumas marcas comercializam modelos um pouco mais caros, embutidos em shorts de compressão, no estilo "ciclista". Para se prevenir de possíveis esquecimentos, o goleiro da seleção francesa sempre tem uma coquilha reserva para "emergências" na mochila. É como se diz: mais vale prevenir do que remediar.
*AFP