A Federação Internacional de Atletismo (IAAF) manteve a suspensão da Rússia de todas as competições internacionais, decisão que tira o país das provas da modalidade nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, confirmou nesta sexta-feira o ministro russo dos Esportes.
– O resultado da votação dos membros do Conselho da IAAF criou uma situação sem precedentes: a Rússia não poderá participar das competições de atletismo dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio – informou o ministro Vitali Mutko em um comunicado, ressaltando ficou "muito decepcionado" com a decisão.
Leia mais:
Etiene Medeiros é pega no doping e pode perder Rio 2016
Magnano chama 14 jogadores em pré-lista da seleção de basquete
Pelé recebe a comenda da Ordem Olímpica em Santos
A suspensão foi decretada em novembro, após um relatório da Agência Mundial Antidoping (Wada) denunciar um esquema de "doping organizado" no país, envolvendo os mais altos escalões do Estado. O sistema, que vigorou por anos, contava com médicos, técnicos, dirigentes, atletas, um laboratório certificado pela Wada e até o serviço secreto russo.
– Era uma decisão esperada, mas vamos reagir – tinha avisado Mutko à agência oficial TASS pouco antes de divulgar o comunicado oficial.
Principal estrela do atletismo russo, a bicampeã olímpica de salto com vara Yelena Insinbayeva avisou que pretende entrar na justiça para reverter a decisão.
– É uma violação dos direitos humanos. Não posso ficar calada, vou tomar medidas. Pretendo buscar uma corte de direitos humanos – afirmou a grande rival da brasileira Fabiana Murer à agência TASS, sem citar um tribunal específico.
Mais cedo, o presidente russo Vladimir Putin se pronunciou sobre o assunto durante o Forum Econômico Internacional de São Petersburgo:
– Não há e não pode haver nenhum apoio do Estado, principalmente no que diz respeito ao doping – argumentou o chefe de Estado. – Não é possível haver responsabilidade coletiva para todos os atletas. Uma equipe inteira não pode assumir toda a responsabilidade por violações cometidas por apenas uma pessoa.
*AFP