Os boxeadores profissionais poderão disputar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto, decidiu nesta quarta-feira a Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba).
Os integrantes da Aiba, reunidos em um congresso extraordinário em Lausanne, na Suíça, decidiram, com 88 votos a favor e quatro abstenções, admitir os boxeadores profissionais no torneio olímpico, informou uma fonte da associação.
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As mudanças no esporte foram iniciadas em 2012 com a admissão das mulheres nos Jogos de Londres e a retirada dos capacetes dos homens nos Jogos do Rio (como acontecia até Los Angeles 1984).
Apesar da autorização ao conjunto dos profissionais para os Jogos Olímpicos, a princípio poucos devem comparecer ao Rio de Janeiro pela falta de tempo de preparação e para disputar o último torneio classificatório, previsto para a Venezuela em julho.
– Tomamos esta decisão, que está dentro das recomendações da Agenda-2020 do COI para o futuro e com a perspectiva de Tóquio 2020, porque o ciclo de classificação para o Rio está muito avançado – explica a Aiba, que destaca uma "etapa adicional na evolução do boxe".
A primeira porta para a profissionalização do boxe olímpico foi aberta há três anos, quando a Aiba autorizou a presença na Olimpíada de profissionais com menos de 15 combates disputados.
Entre as estrelas do boxe profissional, o filipino Manny Pacquiao, que sonhava em representar seu país no torneio olímpico, anunciou sua desistência no fim de maio, já que deve iniciar uma nova carreira como político.
O ucraniano Vladimir Klitschko, medalha de ouro nos Jogos de Atlanta 1996, quando era amador, afirmou em março que viajaria ao Rio de Janeiro se a reforma fosse aprovada, mas parece ter poucas chances de competir no Brasil, já que tem uma luta no dia 9 de julho em Manchester contra o britânico Tyson Fury pelos cinturões da WBA e WBO.