Tenho feito várias referências às emoções que os atletas passam em um ciclo olímpico, mas a história dos Jogos passa maravilhosamente pela Grécia, com sua cultura filosófica, política, esportiva e, principalmente, com sua mensagem de paz e união. Era lá que interrompiam as guerras para celebrar os Jogos. Esta trégua é comemorada até hoje, não só com competições, mas com símbolos.
Refazendo um pouco deste percurso vitorioso dos Jogos Olímpicos, que nasceram no ano de 776 a.C., surge um dos símbolos emocionantes de continuidade e de vitória: a chama olímpica. Nascida na cidade de Olímpia, a cerca de 300 quilômetros de Atenas, na Grécia, é lembrada com emoção, pois se mantém a tradição de ser acesa pelos raios do sol.
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Nesta semana, na celebração da chama, conversei com nosso bicampeão olímpico do vôlei Giovane Gávio, que estava em Olímpia. Meu querido amigo de tantos anos de seleção me descreveu a grandeza deste momento. Com a voz embargada, dizia que, por muitas vezes, ouvia histórias sobre Olimpíadas e tudo parecia muito distante. Mas agora estava lá, no lugar onde sua história começara, onde todos os sonhos esportivos começam.
Segundo Giovane, é tudo simples, mas envolve um sentimento difícil de explicar. Ele disse que se sentiu muito pequeno perante a grandiosidade do lugar e o que ele representa. Ao mesmo tempo, ficava orgulhoso de fazer parte – todos nós, atletas olímpicos, fazemos parte.
É o inicio da grande jornada da chama, que se encerra aqui no Brasil, no nosso Rio de Janeiro. Desejo que esta emoção, que tomou conta do nosso bicampeão olímpico, venha de Olímpia, venha para o nosso Brasil e nos ilumine e nos encha de esperança. Estamos esperando a tão aguardada Chama da Paz.
Saudações olímpicas.
*ZHESPORTES