Uma contagem regressiva pressiona Cesar Cielo: 35 dias. Este é o tempo que o campeão olímpico e mundial dos 50m livre tem até a disputa do Troféu Maria Lenk, entre 15 e 20 de abril, no Rio de Janeiro. A competição será a última chance para conseguir uma vaga na Olimpíada, em agosto.
A má fase não ajuda Cielo nesta missão. Em sua primeira competição em 2016 - o GP de Orlando, no último final de semana - fez o tempo de 22s47, bem acima dos 21s32 de 2013, seu melhor índice sem trajes tecnológicos. Na briga pela vaga olímpica nos 50m livre, sua especialidade, está atrás de outros dois velocistas: Bruno Fratus, com a marca de 21s50, e Ítalo Manzine, com 22s08, ambas conquistadas no Brasileiro Open, em dezembro passado. O primeiro tem lugar praticamente garantido nos Jogos, pois dificilmente terá seu índice superado por outros dois nadadores. A briga de Cielo passa a ser direta com Manzine, e os dois se esforçam para reduzir milésimos de segundos de seus índices.
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A derrocada do maior nadador brasileiro vista agora começou há quase um ano. Poupado do Pan de Toronto para aprimorar a preparação para o Mundial de Kazan, em agosto, Cielo foi surpreendido por uma lesão no ombro e teve de abandonar a competição mais cedo sem competir nos 50m livre. No retorno às piscinas em dezembro, no Brasileiro Open, mais uma frustração: após fazer apenas o 11º tempo nos 100m livre e ficar fora da final, o nadador desistiu da prova dos 50m livre e encerrou sua participação de forma precoce no torneio.
Aos 29 anos, Cielo tem pouco tempo para reverter a crise e assegurar seu lugar nos Jogos. Uma coisa é certa, a Olimpíada no Rio não será a mesma sem Cesar Cielo na água.