A fase não é boa para Cesar Cielo. Não bastasse ser cortado do Mundial de Esportes Aquáticos, disputado na Rússia, por conta de uma lesão no ombro esquerdo, o brasileiro ainda teve as malas extraviadas na chegada ao Brasil ontem e voltou de mãos abanando: sem bagagem e sem medalhas.
O nadador foi poupado dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho, sob a alegação de que a preparação precisaria ser focada no Mundial, com a meta de ser tetracampeão mundial nos 50m livre. Ficou sem um, nem outro. Em Kazan, só conseguiu participar da final dos 50m borboleta, prova em que é bicampeão, terminando em sexto e sentindo as dores que motivaram a volta para casa.
- A decisão (de deixar a competição) foi tranquila. Até pelos 50m borboleta a gente viu que a coisa não estava indo do jeito que a gente esperava. Alguns dias ali seria muito difícil para reverter o jogo para chegar no meu melhor. A gente estava tentando melhorar a situação, mas o medo era também arriscar e agravar um pouquinho mais a situação do ombro - disse Cielo.
O foco agora passa a ser a seletiva em dezembro para a Olimpíada do Rio. O histórico dos melhores tempos do nadador por ano mostram uma evolução recente (veja abaixo), mas nada empolgante. Cielo fez seu melhor tempo sem trajes tecnológicos em 2013 e apresentou uma queda de desempenho no ano passado. Existe também o risco do nadador chegar sem ritmo para a competição no final do ano, já que terá de parar os treinos por 12 semanas para tratamento no ombro.
Detalhe ZH
Se dentro das piscinas a fase não é das melhores, Cielo vive um momento único na vida pessoal: será pai pela primeira vez. Recebido no aeroporto pela esposa Kelly após retorno ao Brasil, ele explicou a técnica inusitada que usaram para escolher Thomas como nome do filho, que nasce no fim de setembro:
_ A gente escolheu o nome eliminando os meus adversários. Não queria colocar o nome no meu filho de um adversário que eu lembraria o tempo inteiro. A gente pensou Fred, mas é o Frédérick Bousquet, então não pode ser. Pensamos em Bernardo, mas não, porque me lembra o Alain Bernard.
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