É aposta mais do que tranquila a de que, no ano que vem, o Brasil terá seu melhor desempenho olímpico da história. Passaremos do total de 17 medalhas conquistadas nos Jogos Olímpicos de Londres 2012, e, provavelmente, ganharemos mais do que os cinco ouros conquistados na Olimpíada de Atenas 2004. Quem sabe fiquemos entre os 15 primeiros no quadro geral. Não precisa ser vidente para fazer tais previsões.
Mais do que o fator local, os países-sede têm preparações especialíssimas para brilhar em casa. Mexe com muito, por vezes muitíssimo, dinheiro. Basta lembrar que os chineses desbancaram os Estados Unidos no primeiro lugar dos Jogos de Pequim 2008, com 50 ouros contra 36, e não se mantiveram no topo da Grande Muralha. Em Londres 2012, os norte-americanos recuperaram a ponta com uma vantagem de 46 a 38 no total de medalhas.
Nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em 2007, quase que o Brasil ficou com o segundo lugar no quadro de medalhas. Quatro anos depois, no Pan de Guadalajara 2011, teve 16 a menos.
Sairemos vencedores dos Jogos do Rio em 2016, mas ainda estaremos longe de ser uma potência olímpica. Isto se dará em um prazo mais longo, com números positivos e com constância de desempenho.
Nosso desafio começou antes do Rio de Janeiro ser escolhido como sede dos Jogos Olímpicos e irá além do evento em nossa casa. A partir da Olimpíada de Tóquio 2020, e na sequência, teremos certeza dos frutos gerados pelo investimento no esporte para a competição do ano que vem. Para justificar os gastos plenamente, eles terão de gerar mais do que muitos pódios em 2016.
É preciso mudar de patamar. Isto não é uma certeza, mas uma esperança. Para 2016: recorde à vista.
*ZHESPORTES