Ao lado de Ana Barbachan, Fernanda Oliveira confirmou presença na Olimpíada do Rio, a quinta de sua carreira, por decisão do Conselho Técnico da Vela baseada nos resultados obtidos pelas atletas da classe 470 nas principais competições entre 2013 e início de 2015. Somente em etapas da Copa do Mundo, a dupla gaúcha conquistou quatro títulos em sete etapas disputadas: em 2013, elas venceram em Miami (EUA), Palma de Mallorca (ESP) e Hyères (FRA). Este ano, a dupla voltou ao topo do pódio na etapa francesa.
Com 34 anos, Fernanda, medalha de bronze em Pequim 2008 com Isabel Swan, está longe da aposentadoria: a idade, considera alta para muitos esportes, é um trunfo no caso da vela.
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Como foi receber a notícia da vaga garantida para sua quinta Olimpíada, a segunda ao lado da Ana?
A gente estava aguardando a notícia, sabia que isso aconteceria e os resultados já levavam a acreditar nisso, era só o fato das coisas ficarem oficiais. Depois que a gente venceu o campeonato na França, a gente sabia que esta etapa (da classificação olímpica) já estava vencida. Agora é a etapa mais difícil, que é correr atrás da medalha. Será a minha quinta Olimpíada, mas estou na minha melhor fase. A vela é um esporte que proporciona que se pratique até mais tarde, não tem essa história de estar velha.
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Esta vai ser a primeira vez que você disputa dois Jogos consecutivos com a mesma parceira, quais as principais vantagens disto?
Participei de quatro Olimpíadas e cada uma delas com uma dupla diferente. Com a Ana conseguimos ficar juntas e vamos fechar oito anos em 2016. A grande diferença é que se parte de um estágio mais avançado no início do segundo ciclo. A gente conseguiu dar continuidade no trabalho que vinha sendo feito para Londres, que foi muito importante, para começar o segundo ciclo um passo à frente.
A Baía de Guanabara é alvo de polêmica por causa da poluição. Nos treinos que vocês já fizeram no Rio (a dupla participa de uma sessão de treinos de 11 a 22 de maio), foi possível notar se isto pode afetar o desempenho nas provas?
A Baía nunca teve condições muito boas, sempre teve lixo, e isso não mudou muito, mas não impede a realização de regatas. A gente está fazendo estes treinos e não teve nenhuma situação em que o lixo foi problema. Fazem muito auê em volta. Na china, já teve a polêmica das algas. Certamente a qualidade da água não vai ser a melhor possível, mas o lixo tenho certeza que não vai ser um problema nos Jogos.
*ZHESPORTES