As Olimpíadas ganharam, e muito, quando, em 1992, os norte-americanos puderam colocar em quadra seus profissionais do basquete. O mesmo pode se dizer em relação aos melhores tenistas da ATP e da WTA que passaram a ser admitidos em determinado momento e transformaram os torneios olímpicos em competições equivalentes aos mais importantes dos circuitos internacionais. No futebol, desde 1984, acabou-se com a falsa ideia do amadorismo, embora ainda haja restrições de idade impedindo que se crie nos Jogos uma mini Copa do Mundo. Estas e outras medidas ao longo do tempo resgataram para a maior competição esportiva do planeta estrelas de primeiríssima grandeza. Elas são indispensáveis para o espetáculo.
Por caminhos diferentes, uma celebridade do esporte, o brasileiro Anderson Silva, tentará, através do caminho olímpico, limpar uma imagem que está desgastadíssima. Hoje ele contraria tudo que os fundamentos dos Jogos pregam, vindo de um caso de doping e uma postura pessoal altamente discutível. Se competir lisamente, cumprir todas as etapas classificatórias com a humildade de um verdadeiro atleta, chegar ao Rio 2016, viver e conviver como um digno competidor e ainda mostrar um bom resultado para o Brasil, será um exemplo, uma estrela com um brilho diferente, muito maior.
*ZHESPORTES