Não há como negar o fascínio que a tocha olímpica exerce sobre a comunidade esportiva. É o simbolismo do maior evento esportivo do mundo, com o seu acendimento na Grécia até a chegada na sede da Olimpíada para que permaneça iluminando o período de disputa. O revezamento da tocha virou acontecimento mundial e altamente comercial, valiosíssimo e emocionante.
No Rio de Janeiro, no ano que vem, tudo se repetirá, mas com uma característica peculiar e um tanto ruim. Com a cerimônia de abertura no Maracanã, ali estará a Pira Olímpica, num local que será pouco utilizado nas competições e distante do verdadeiro Estádio Olímpico e do Complexo Olímpico da Barra da Tijuca. Em 2007, nos Jogos Pan-Americanos, foi um fiasco. A pira estava no mesmo Maracanã e no nível do gramado. O "fogo" ficou escondido e até foi apagado por medida de economia quando o estádio era fechado.
O Comitê Organizador já solicitou a criação de uma "pira paralela" no Engenhão, sede do atletismo. Valeria outra junto ao complexo da Barra ou, numa maluquice com cara de jeitinho brasileiro, por que não fazer uma grande pira junto ao Cristo Redentor, com seus "braços abertos sobre a Guanabara"? O olimpismo se caracteriza pelo culto aos símbolos e os brasileiros precisam se integrar a este espírito.
*ZHESPORTES