Dentro de menos de 500 dias alguém em especial estará no topo de um pódio imaginário. Carlos Arthur Nuzman materializará um misto de sonho e obsessão. O ex-jogador de vôlei da seleção olímpica que se tornou presidente da Confederação é o símbolo da revolução que transformou o Brasil na maior potência mundial desta modalidade. Isto o catapultou à presidência do Comitê Olímpico. Na sua primeira Olimpíada, em Atlanta 1996, Nuzman viu o número de medalhas saltar de três em Barcelona para 15. De lá para cá o número nunca baixou dos dois dígitos.
Sempre ambicioso, passou a postular para o país os grandes eventos. Vieram os Jogos Pan-Americanos em 2007. Nem as muitas imperfeições evitaram que o evento servisse para habilitar a cidade a ser escolhida como sede para a Olimpíada de 2016, algo no mínimo improvável.
Suas conquistas políticas são controvertidas. Sua atuação e seus métodos são polêmicos, o que não impede de qualificá-lo como um realizador. É protagonista no esporte mundial e por certo tem no íntimo o desejo de um dia presidir o Comitê Olímpico Internacional. Discutam suas atitudes, contestem sua conduta, mas não duvidem dele. Sua personalidade contraria o próprio lema olímpico, admitindo apenas que "o importante é vencer, não bastando competir".
*ZHESPORTES