Pouco mais de meio ano se passou do final da Copa do Mundo e aquele Brasil mostrado ao mundo por 30 dias desapareceu por completo, mergulhado em uma grave crise institucional. A cada dia mais e mais denúncias, em diversos níveis, são apresentadas para surpresa ou não da população brasileira.
A chamada Operação Lava Jato nos mostra um esquema envolvendo empreiteiras, boa parte delas responsáveis por obras nos estádios do Mundial. E aí nos questionamos sobre a necessidade ou não de uma Arena da Amazônia ou do imponente estádio Mané Garrincha, em Brasília, por exemplo. Necessários ou não eles estão lá subutilizados, afinal depois da Copa apenas alguns jogos do Brasileirão e um torneio de verão foram jogados em Manaus, por exemplo.
Débora Pradella: a Copa foi só treino; vem aí a Olimpíada
Porém, nesta semana, a FIFA anunciou as sedes dos torneios de futebol do Rio 2016 e incluiu as duas cidades na lista, ao lado de dois estádios cariocas (Maracanã e Engenhão), de São Paulo, Salvador e Belo Horizonte. A dúvida é: o que será feito dos estádios mundialistas e, agora olímpicos, depois?
FIFA e Comitê Olímpico Internacional falam em legado. O que a Copa deixou? Para o começo da Olimpíada faltam pouco mais de 500 dias e um dos objetivos era a despoluição completa ou em parte da Baía de Guanabara e, de antemão, já sabe que isso não será atingido. Ok, o Rio terá ótimos equipamentos esportivos e o Brasil passará a ser um potência olímpica! Infelizmente não.
Demonstração de pessimismo, não. É só observar o que ocorreu nas denúncias recentes nas Confederações Brasileira de Voleibol, Futsal e Esgrima, para entender porque o Brasil Olímpico está distante, da mesma forma que o Brasil idealizado pelos brasileiros.
*ZHESPORTES