- Saiba como o São José pretende se recuperar financeiramente;
- Entenda o impacto que a enchente teve nos resultados;
- Quais são os próximos compromissos do São José na temporada.
Formação do grupo, troca de treinadores e dificuldade logística. Esses três itens estão na análise do São José como determinantes para o rebaixamento da equipe da bairro Passo D'Areia à Série D do Brasileirão. Descenso que deve causar um prejuízo de quase R$ 1 milhão, mas que pode ser recuperado se o time conquistar uma vaga na Copa do Brasil através da Copa FGF, que para o clube começará em setembro.
— Fomos fazendo do limão uma limonada em dois anos com o menor orçamento da Série C. Uma hora iria azedar. Foi o que aconteceu desta vez. Perdendo cotas e patrocínios, o prejuízo é de R$ 1 milhão — adianta Nilton Batista, diretor executivo do São José.
Neste ano, o time fez uma campanha média no Gauchão, se classificando em sexto lugar e caindo nas quartas de final para o Caxias. Insuficiente, porém, para garantir uma vaga na Copa do Brasil do ano que vem. Mas o baque veio na Série C. Até agora, foram apenas nove pontos conquistados em 17 partidas, o que culminou com um rebaixamento com duas rodadas de antecedência.
— Estávamos a 10 minutos do aeroporto, agora sete horas — destaca Batista.
O fechamento do aeroporto Salgado Filho em razão da enchente fez o São José precisar se deslocar para os jogos fora de casa sempre voando a partir de Florianópolis. O que antes era pertinho tornou-se muito mais distante. Além disso, foram três treinadores no ano e erros de avaliação sobre contratações.
— Não deu certo a formação do nosso grupo. Inclusive trocas de treinadores, não temos esse perfil. Nunca mudamos três vezes. Sem falar do desgaste da logística — pontuou o dirigente.
Novo técnico e próxima temporada
Quando o rebaixamento já estava encaminhado e não havia esperanças de reação, o clube adotou a medida de passar a pensar em 2025. O técnico Pingo, que já havia substituído China Balbino, foi demitido. O contratado foi Rogério Zimmermann, com o plano de classificar o time para a Copa do Brasil através da Copa FGF e permanecer no cargo no próximo ano.
— Era importante uma vitória para os atletas também perceberem que o que estão fazendo. Será assim, passo a passo esse avanço, pensando na Copa e no Gauchão de 2025 — disse o técnico após a vitória sobre o São Bernardo no último final de semana. A segunda do São José na competição, a primeira dele no comando.
Com o rebaixamento consolidado, ainda restam dois jogos na Série C: Figueirense fora de casa e Remo em casa. Atletas já foram dispensados e outros contratados, como o caso do atacante Marcio Jonatan, experiente no futebol gaúcho.
Entretanto, para recuperar parte do prejuízo do descenso, o Zequinha aposta no título da Copa FGF, que lhe dará uma vaga na Copa do Brasil em 2025. A estreia está marcada para 4 de setembro, diante do Passo Fundo, fora de casa.
Só pela participação na Copa do Brasil, a CBF paga aos clubes na primeira fase R$ 700 mil. O restante passaria por um esforço do clube em busca de patrocinadores.