A Seleção Brasileira terá um difícil desafio pelas quartas de final da Copa América. O adversário será o Uruguai, que teve a melhor campanha da fase de grupos, com três vitórias, nove gols marcados e apenas um sofrido. A equipe comandada por Marcelo Bielsa está confiante de que pode passar pelo Brasil, podendo voltar a disputar a semifinal do torneio após 13 anos.
- Maxi Araújo e Darwin Nuñez marcaram duas vezes cada na Copa América;
- Defesa da Celeste permitiu apenas um gol na competição;
- Manuel Ugarte é o segundo jogador da Copa América com mais desarmes, com 18.
Desde 2011 a Celeste não fica entre as quatro melhores do continente. Naquela edição, os uruguaios foram campeões, em cima do Paraguai. Depois disso, o Uruguai passou por diversos processos, tendo bons jogadores, mas sempre devendo em alguns aspectos.
A atual geração uruguaia conta com talentos de topo do futebol mundial, o que facilita o trabalho de Bielsa, que é um dos grandes treinadores do continente. Para entender melhor o funcionamento da adversária da Seleção Brasileira, saiba quais são os pontos fortes e fracos da Celeste.
Pontos fortes
O meio-campo uruguaio é um dos mais talentosos do continente, com jogadores habilidosos e que sabem o que fazer com a bola. A trinca titular é formada por Manuel Ugarte, Federico Valverde e Nicolás de la Cruz. Os dois primeiros jogam no futebol europeu, no PSG e no Real Madrid, respectivamente. Enquanto o terceiro atua no Flamengo, sendo um dos principais nomes do futebol brasileiro.
A qualidade é tanta que Bielsa ainda conta no banco de reservas com Rodrigo Bentancur, do Tottenham, e Giorgian de Arrascaeta, que também defende o Flamengo. Todos têm qualidade no passe, atacam com inteligência e marcam com intensidade. Por conta disso, o duelo no meio de campo contra o Brasil será fundamental para saber quem será um dos semifinalistas da Copa América.
Com tanta qualidade na criação, o ataque também precisa ser talentoso. E a Celeste tem bons jogadores na função. Maximiliano Araújo, do Toluca-MEX, e Darwin Núñez, do Liverpool, se destacam pela quantidade de chances criadas e gols marcados. Além deles, Bielsa tem no banco de reservas Luis Suárez, que, apesar da idade avançada, não perdeu o faro de gol que o consagrou no mundo todo, inclusive no Grêmio em 2023.
Pontos fracos
Por ser um time bastante ofensivo, o Uruguai pode pecar em alguns aspectos defensivos. Apesar de ter sofrido apenas um gol nesta edição da Copa América, a defesa ainda não foi verdadeiramente testada.
O goleiro Sergio Rochet, do Inter, passa segurança e sabe sair jogando com os pés. Pelo lado direito, Nahitan Nández, que estava no Cagliari e assinou recentemente com o Al-Qadisiyah-ARA, e Ronald Araújo, zagueiro do Barcelona, são sólidos e permitem poucas chances ao adversário. No entanto, o lado esquerdo da defesa uruguaia gera preocupação.
Bielsa optou por jogar com Mathías Oliveira ao lado de Araújo na defesa pela carência de zagueiros canhotos no país. O lateral-esquerdo do Napoli e foi escolhido no lugar de José Maria Giménez, que é destro. Ele vem jogando bem — com gol marcado contra os EUA —, mas gosta de viver grandes emoções e sofre no jogo aéreo por conta da altura (1m84cm). Além dele, o lateral-esquerdo é Matías Viña, do Flamengo. Deixa a desejar em alguns aspectos ofensivos, mas foi escolhido pelo treinador justamente pela qualidade na marcação.
Dessa forma, uma boa alternativa para o Brasil tentar superar o Uruguai no próximo sábado (6), às 22h, em Las Vegas, é jogando pelo lado esquerdo uruguaio. Raphinha e Savinho podem ser utilizados nesse setor e criar as principais oportunidades.