O Brasil entra em campo na noite desta terça-feira (2), às 22h, em busca do primeiro lugar do Grupo D da Copa América diante de uma Colômbia que vem de 25 jogos de invencibilidade. O Desenho Tático de ZH explica como joga e os pontos fortes e fracos da seleção colombiana.
A Colômbia chega para o confronto tendo a vantagem do empate para manter a liderança do grupo e evitar um enfrentamento com o Uruguai logo nas quartas de final. A equipe comandada pelo argentino Nestor Lorenzo vem de uma sequência de dez vitórias, iniciada justamente diante do Brasil nas Eliminatórias, em novembro do ano passado.
Como joga
Ex-auxiliar de José Pékerman, que comandou a Colômbia nas Copas do Mundo de 2014 e 2018, Nestor Lorenzo montou a equipe em torno de James Rodríguez, estrela do time e artilheiro do Mundial jogado no Brasil há 10 anos.
A Colômbia atua em um 4-4-2 em losango, um sistema pouco usual no futebol atual. À frente de uma linha de quatro defensores, Lorenzo monta um trio que tem os volantes Lerma (por dentro) e Richard Rios (pela direita) e Jhon Arias (esquerda). Meia ofensivo no Fluminense, Arias tem a um função de fechar um tripé como um terceiro volante na sustentação.
No ataque, a Colômbia conta com uma dupla que tem Luis Díaz como titular indiscutível. Jhoan Córdoba e Rafael Borré se revezaram ao seu lado durante a Copa América.
Entre essa linha de três volantes e a dupla de ataque está James Rodríguez. O camisa 10 ganha total liberdade para ser o meia armador à moda antiga. James tem condições de circular por todo o campo e o time se movimentando em torno dele em suas ações ofensivas. Ou seja, conter James é o caminho para qualquer adversário que busque tentar frear o poderio ofensivo colombiano.
Além de ditar o jogo com passes curtos, James Rodríguez aparece de forma importante na fase ofensiva com lançamentos e cruzamentos. Quando a Colômbia tem espaço de campo para explorar, James busca os lançamentos para Luiz Días. O velocista atacante do Liverpool é sempre acionado quando a defesa adversária está adiantada. Por isso será importante o Brasil não permitir que espaço para que haja esse lançamento em profundidade.
Pontos fracos
O sistema montado para James Rodríguez ter liberdade gera alguns problemas na fase defensiva. Sem bola, a equipe mantém sua linha de quatro e tem no trio de volantes a responsabilidade de ajudar nas dobras de marcação pelos lados. Os atacantes até marcam o início das jogadas adversárias, mas nenhum deles é obrigado a acompanhar os avanços dos laterais até o final.
A ideia central da Colômbia na marcação é pressionar o setor da bola. Dessa forma, virar rápido o corredor da jogada é um caminho para explorar esse tipo de marcação. Se o Brasil conseguir tirar a bola da pressão virando para o outro lado, vai muitas vezes encontrar o lateral colombiano em situação de inferioridade contra o ponta e o lateral brasileiro.
Para esse tipo de jogo funcionar os volantes Bruno Guimarães e João Gomes e também o zagueiro Marquinhos, que tem essa característica, serão fundamentais nas inversões de jogo.
A Colômbia chega para enfrentar o Brasil com 100% de aproveitamento na Copa América. A equipe venceu Costa Rica e Paraguai e anotou cinco gols tendo sofrido apenas um. O time colombiano tem a segunda maior média de posse de bola, de 66%, atrás apenas da campeã do mundo Argentina (66,3%).