O Comitê Olímpico Internacional (COI) reafirmou nesta quinta-feira (11) sua "total confiança" na Agência Mundial Antidoping (Wada), criticada nos últimos meses pela forma como conduziu o caso sobre nadadores chineses.
Há dois dias foi publicado o relatório provisório da investigação independente sobre o caso dos 23 nadadores chineses flagrados em exame antidoping em 2021 e que não foram suspensos, o que colocou a Wada em uma situação comprometedora após a imprensa ter revelado o ocorrido.
"O COI pede a todas as partes envolvidas que respeitem a autoridade suprema da AMA na luta contra o doping", acrescentou o comitê em comunicado. Nos Estados Unidos, a agência antidoping USADA continua acusando a WADA de tentar abafar o escândalo e uma investigação federal foi aberta no país.
"Esse respeito constitui a base sobre a qual a AMA foi fundada pelos governos e o movimento olímpico [em 1999, depois do caso Festina no ciclismo]", ressalta o COI.
De acordo com Eric Cottier, procurador suíço que foi designado em abril para examinar a condução do caso por parte da WADA, a organização "não favoreceu" a China, país que decidiu não punir os nadadores que testaram positivo para trimetazidina, uma substância proibida desde 2014.
A China concluiu na ocasião que o teste positivo se devia a uma contaminação alimentar.
O relatório de Eric Cottier considera que a conduta da AMA de "não recorrer" contra a decisão da China de não punir os atletas foi "razoável", diante da fraca possibilidade de um recurso ser acatado, dada a falta de elementos que pudessem desmentir a tese de contaminação.
Vários desses nadadores ganharam medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021 e 11 deles estão classificados para os Jogos de Paris.
* AFP