A arbitragem de vídeo no futebol deve passar por mudanças. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou no 74º Congresso da entidade, realizado na Tailândia, que o VAR será aprimorado com investimento na utilização de um sistema semelhante ao do tênis.
A proposta é que os técnicos das equipes tenham uma espécie de "desafio" à disposição e possam pedir revisões da ferramenta de vídeo ao menos duas vezes por jogo.
— Pretendemos desenvolver e melhorar o VAR. Sessenta e cinco federações já implementaram o VAR. Foi criada uma tecnologia mais básica, com menos câmeras e sem a necessidade de árbitros, por isso será mais acessível para todos. O sistema já está sendo testado — disse Infantino.
Assim como ocorre no tênis, a quantidade de "desafios" pode diminuir se o árbitro não mudar de ideia após a revisão.
— Os jogadores podem pedir ajuda ao treinador. Se a decisão inicial for alterada, não perdem um pedido e continuarão a ter dois — explicou o presidente.
O atual sistema do VAR tem sido tema de debate nos últimos dias na Europa. Em 6 de junho, os clubes da Inglaterra vão votar a possibilidade de abolir o uso do árbitro de vídeo na Premier League. A proposta foi apresentada pelo Wolverhampton e será avaliada em reunião dos times. Para o VAR ser retirado do campeonato, é preciso que 14 dos 20 clubes da primeira divisão apóiem a proposta do Wolverhampton.
O 74º Congresso da Fifa ocorreu em Bangcoc, na Tailândia, na madrugada de sexta, e ficou marcado pelo anúncio de outras decisões estratégicas do futebol. Algumas delas são a criação do Mundial de Clubes feminino a partir de 2026 e a Copa Intercontinental masculina, que terá o campeão da Liga dos Campeões garantido na final, de acordo com Infantino.
Além disso, o evento marcou a escolha do Brasil para ser país-sede da Copa do Mundo feminina de 2027. O país superou a candidatura conjunta do trio formado por Alemanha, Bélgica e Holanda com 119 votos favoráveis, 78 contra e 10 abstenções, e será anfitrião inédito da competição.