A conquista do primeiro ATP 500 da carreira rendeu ao gaúcho Rafael Matos o retorno ao Top-50 do ranking mundial de duplas da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Na atualização divulgada nesta segunda-feira (26), ele aparece em 46º lugar e passa a ser o número 1 do Brasil na especialidade.
Com sete títulos no currículo, o tenista de 28 anos ainda está longe da melhor posição de sua carreira. Em fevereiro do ano passado ele ocupou a 26ª posição. Porém, após alguns resultados abaixo do esperado, fez trocas de parceria e, desde outubro, estava fora do grupo dos 50 melhores do mundo.
O título do Rio Open era um dos três objetivos de Rafael Matos na temporada. Os demais são Roland Garros, onde já fez quartas de final, em 2022, e a vaga para os Jogos Olímpicos de Paris.
— Tinha três objetivos para esse ano, um deles o Rio Open que, felizmente, foi Roland Garros, que é um torneio bem especial para mim por ser no saibro e classificação pra Olimpíada. Esse torneio é um bom passo para baixar o ranking e, agora, é seguir trabalhando duro para buscar essa vaga— projetou o campeão de duplas mistas do Aberto da Austrália do ano passado.
Parceiro de Matos na conquista do Rio Open, o colombiano Nicolás Barrientos avançou 11 colocações e, agora, está em 52º, o melhor ranking de sua carreira.
Nesta semana, Rafa e Nico vão disputar o ATP 250 de Santiago, no Chile. Cabeças de chave número 3, eles estrearão na terça-feira (27), às 14h (de Brasília), diante espanho Pedro Martínez e do italiano Luciano Darderi.
Quem acabou caindo dez postos foi o mineiro Marcelo Melo. O ex-número 1 da ATP na especialidade foi eliminado por Matos na primeira rodada e não conseguiu defender os pontos do vice-campeonato de 2023. Dessa forma, agora ele está na 59ª colocação.
Esta semana, Melo e o holandês Matwé Middelkoop também vão disputar o torneio de Santiago. Principais favoritos ao título, eles enfrentarão o espanhol Jaume Munar e o argentino Pedro Cachín, na primeira rodada.
Outro tenista gaúcho, o caxiense Marcelo Demoliner também não passou da estreia no Rio de Janeiro. Mesmo assim, ele ganhou três posições e agora é o número 82 do mundo e terceiro do Brasil. Nesta terça, o medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago voltará à capital chilena para disputar o torneio local. Ele formará dupla com o argentino Guillermo Durán e a estreia será contra os bolivianos Federico Zeballos e Boris Arias.
A liderança do ranking de duplas teve mudança entre parceiros. O australiano Matthew Ebden ultrapassou o indiano Rohan Bopanna, com quem fez a dupla campeã do Aberto da Austrália deste ano e, pela primeira vez na carreira, ostenta a condição de número um do mundo. O norte-americano Austin Krajicek é o terceiro, seguido pelo compatriota Rajeev Ram e pelo britânico Joe Salisbury.