O Palmeiras não vai mais jogar na Arena do clube enquanto a Real Arenas, empresa criada pela WTorre para gerir o estádio, não reparar o gramado, motivo de reclamações constantes do técnico Abel Ferreira e até da presidente Leila Pereira. A decisão foi comunicada pelo clube em nota divulgada no domingo (28), logo após a vitória por 2 a 1 sobre o Santos, justamente no Allianz Parque.
"A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que, em razão das atuais condições do gramado do Allianz Parque, somente voltará a mandar jogos no estádio quando a Real Arenas honrar com a sua obrigação de realizar a manutenção adequada do campo", informou o clube em parte de nota divulgada.
No domingo, o técnico Fábio Carille reclamou bastante da condição do gramado. O treinador do Santos perdeu Giuliano, machucado, com poucos minutos em campo. O meia também protestou, assim como Abel Ferreira. Em sua coletiva após a partida, o português criticou o atual estado do gramado sintético da casa palmeirense.
— Neste momento, não é só prejudicial aos adversários, é prejudicial para o Palmeiras. E que fique bem claro: quando o Abel chegou, nunca reclamou, o gramado estava top. O que falta é manutenção. Precisamos com urgência que se troque o gramado sintético e troque por um outro do mesmo nível de quando eu cheguei aqui.
No jogo contra a Inter de Limeira, o primeiro da temporada na Arena do clube paulista, o atacante Bruno Rodrigues machucou o joelho e passará por processo cirúrgico. O Palmeiras suspeita que a falta de manutenção do gramado tem relação com a contusão.
Segundo o portal ge.globo, depois desta partida, alguns jogadores reclamaram das condições do gramado e relataram que o gramado sintético estava pior do que no final do ano passado. Relato corroborado por Gabriel Menino após a vitória no clássico contra o Santos:
— Acho que o campo sempre foi bom, mas está faltando manutenção. Acho que eles tiraram o pé por conta dos shows. Acho que é difícil não ter manutenção. Em 2021, 2022 ninguém estava falando, muito menos a gente. Precisa de manutenção para dar continuidade no nosso trabalho.
Mesmo depois do fim da temporada de 2023, o estádio do Palmeiras recebeu inúmeros shows, o que pode ter prejudicado as condições do gramado sintético mesmo sem as partidas da equipe paulista.
Além da situação do gramado, Palmeiras e WTorre têm mais um imbróglio entre eles. As partes estão em litígio por causa da divisão e distribuição de receitas do Allianz Parque. O clube cobra cerca de R$ 127 milhões que diz não terem sido pagos.
Veja a nota publicada pelo Palmeiras
"A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que, em razão das atuais condições do gramado do Allianz Parque, somente voltará a mandar jogos no estádio quando a Real Arenas honrar com a sua obrigação de realizar a manutenção adequada do campo.
Importante salientar que o problema não é a grama sintética, implementada justamente com o intuito de oferecer aos atletas um piso sempre em perfeitas condições, mas o descaso da superficiária com a qualidade do campo, que exige melhorias urgentes.
Em função da irresponsabilidade de terceiros, não temos o direito de colocar em risco a integridade física de profissionais – sejam do Verdão, sejam das equipes adversárias.
Caso a superficiária do Allianz Parque insista em protelar a solução necessária para este grave problema, exigiremos junto aos órgãos competentes a interdição da arena".