A Seleção Brasileira terá um novo comandante em 2024. Após um interinato de apenas seis jogos de Fernando Diniz e do não de Carlo Ancelotti, Dorival Júnior foi o escolhido para treinar o Brasil em um ano que terá a disputa da Copa América, entre junho e julho nos Estados Unidos. O Desenho Tático de GZH mostra o que deve mudar no time verde e amarelo com a troca de Diniz por Dorival Júnior.
A primeira diferença na forma de trabalhar de Dorival em relação a Diniz é que o novo treinador da Seleção é mais adaptável na montagem dos times. Enquanto Diniz tentou impor um estilo parecido com o que fazia no Fluminense, Dorival costuma tentar adaptar suas equipes a diferentes cenários e também esquemas táticos.
Em 2022, por exemplo, Dorival montou o Flamengo campeão da Copa do Brasil e da Libertadores em um 4-4-2 com um losango no meio-campo. No ataque juntou Gabigol e Pedro, algo que nenhum outro treinador conseguiu fazer por longo tempo com sucesso na Gávea. Neste ano no São Paulo, Dorival conquistou a Copa do Brasil montando a equipe no 4-2-3-1 alternando jogadores na ponta. Com dificuldade no meio-campo, ele improvisou Alisson como volante na campanha do inédito título para o Tricolor Paulista.
Resultado rápido
Essa maneira de trabalhar adaptando seu time ao estilo dos jogadores favorece para que Dorival consiga obter rápidos e bons resultados em suas equipes. Isso aconteceu em seus últimos trabalhos. No Flamengo, por exemplo, assumiu com o time fora dos 10 primeiros no Brasileirão e conseguiu reagir na classificação. Ainda que não tenha disputado o título com o Palmeiras, construiu campanhas na Copa do Brasil e na Libertadores. Foi campeão da América vencendo todos os sete jogos que comandou a equipe e da Copa do Brasil com apenas uma derrota.
Saída de bola
A saída de bola de Fernando Diniz, que gera tanto debate, sofrerá mudanças, mas Dorival não é um treinador que gosta que suas equipes saiam jogando com bolas longas. Usando normalmente uma ideia de ter três homens (um volante mais dois zagueiros é a preferência), ele busca sair pelo chão com passes e superar a primeira linha adversária.
Fase ofensiva
A qualidade de atacantes de lado de campo como Vini Jr, Raphinha, Rodrygo e Gabriel Martinelli devem levar Dorival a apostar em um time que tenha dois extremas. Por isso, a tendência é de que o sistema 4-2-3-1 seja adotado.
Uma estratégia que Dorival costuma usar quando conta com seus extremas abertos é pedir para que os laterais apareçam por dentro. Essa ideia de jogo foi trazida para o futebol moderno com Pep Guardiola em sua passagem pelo Bayer de Munique e era adotada por Tite no último ciclo de Copa do Mundo. Ou seja, deverá ser algo retomado a partir dos amistosos de março.