Neste domingo (17), Javier Milei, recém-empossado presidente da Argentina, marcou presença nas eleições do Boca Juniors. No entanto, sua aparição não foi bem recebida por alguns membros do clube, que expressaram descontentamento e o vaiaram por seu apoio ao ex-presidente do país Mauricio Macri, vice da chapa de oposição, liderada por Andrés Ibarra, nas eleições da equipe.
Milei, que assumiu o cargo de presidente há apenas uma semana, chegou ao estádio La Bombonera protegido por um casaco de chuva, devido a uma tempestade que causou estragos em todo o país e resultou na morte de ao menos 13 pessoas. Ele fez questão de cumprimentar alguns dos torcedores presentes na principal arquibancada do estádio.
No entanto, assim que sua presença foi notada, Milei enfrentou a hostilidade de alguns críticos ao deixar a cabine de votação. Eles vaiaram e criticaram seu apoio declarado à chapa de oposição, que está em disputa com a situação, liderada pelo grande ídolo do clube, Juan Román Riquelme.
Vale destacar que Milei tem forte conexão com o futebol argentino. O novo presidente da Argentina ainda antes de ingressar na política, foi goleiro do Chacarita Juniors. O mesmo clube que teve, anos depois, o atacante Germán Cano, atualmente no Fluminense de Fernando Diniz, no elenco. Há ainda uma polêmica sobre o economista ter trocado de equipe do coração devido a uma "desavença" com um dos maiores clubes do país.
O ídolo máximo dos argentinos, morto em 2020, identificava-se com políticas progressistas e tinha até uma tatuagens de Che Guevara e de Fidel Castro. Durante a campanha presidencial que acaba de ganhar na Argentina, um post seu de 2016 foi resgatado antes do pleito. Na mensagem, o agora presidente argentino debochava de Maradona e o chamavam de "Maradroga", numa referência ao período em que o jogador usava drogas