A gaúcha Jaqueline Weber encerrou a temporada com resultados importantes e a participação em algumas das principais competições do mundo. Um dos feitos foi atingir sua melhor marca pessoal nos 800 metros. Em maio, no Meeting de Meilen, na Suíça, ela cravou 2min01seg54.
— Talvez o dia 17 de junho tenha sido um dos mais felizes da minha vida. Correr 2min01seg é algo bem relevante em nível mundial e mostrou que podemos chegar onde queremos, que é o índice olímpico — relembra a atleta nascida em Teutônia.
Jaqueline também participou de dois mundiais em 2023. Em agosto disputou o Campeonato Mundial de Atletismo em Budapeste. Na Hungria, ela correu os 1.500 metros e o tempo de 4min14seg46, novo recorde gaúcho, que a deixou na 52ª posição geral.
— O Mundial foi a realização de um sonho. Correr ao lado de Sifan Hassan, bater novamente o recorde gaúcho dos 1500 metros, me fez sair do estádio e ligar imediatamente para o Fabiano (Peçanha), meu noivo e treinador, porque naquele momento entendi o quão incrível ele dizia ser correr esse nível de competição.
Mas as emoções não pararam por aí. Um mês depois, Jaque participou da primeira edição do Mundial de Corrida de Rua. Na Letônia, ela terminou em 24º na disputa da milha (1.609m) e estabeleceu um novo recorde brasileiro (4min50s11).
O final de temporada veio com os Jogos Pan-Americanos. Em Santiago, ela chegou a ter o gosto da medalha, mas acabou sentindo o ritmo da prova e finalizou na quarta posição.
— O Pan, em Santiago, no Chile foi épico. Correr em um estádio com mais de 45 mil pessoas, na América do Sul, com amigos e familiares na arquibancada, é algo indescritível. No início, o quarto lugar foi um pouco amargo, mas depois entendi o quão grandioso era aquele resultado, dentro de um evento gigante que é o Pan — avalia.
Agora, Jaqueline Weber já está de olho em realizar o sonho de disputar os Jogos Olímpicos de Paris. Ela busca atingir o índice exigido pela World Athletics, que é de 1min59s30 ou, então, ter uma boa colocação no ranking mundial para ficar com uma das vagas que será distribuída através dos critérios de classificação. Atualmente, ela é a 76ª colocada.
— Chegou o ano olímpico. O calendário será muito intenso. Se em 2023 eu fiquei mais de 150 dias fora de casa, o próximo será de ainda mais entrega. Espero muito, poder contar aqui no próximo ano a realização de grandes sonhos no esporte — complementa a atleta que passou a defender o Praia Clube, de Uberlândia-MG. Paralelamente, ela continua coordenando junto com Fabiano Peçanha o projeto social da AMO Atletismo em Santa Cruz do Sul.