— O jogo mais importante da minha vida.
Foi assim que Fernando Diniz traduziu o sentimento de disputar o Mundial de Clubes como técnico do Fluminense. O time carioca enfrenta o Manchester City, na decisão do torneio, nesta sexta (21), às 15h (horário de Brasília), no estádio King Abdullah, em Jidá, na Arábia Saudita.
— É o jogo mais importante da minha vida. O próximo jogo sempre é o mais importante. Também coincide de ser o jogo, historicamente, mais singular. Decisão de título mundial. Contra um dos melhores times da história do futebol mundial e um dos maiores treinadores. Para a gente, é um grande desafio. Trabalhamos muito para essa partida. Desde que eu cheguei ao Fluminense, sonhamos com isso. Desde que me conheço, sonho com isso. Não consegui como jogador, mas estou conseguindo participar da decisão do título mundial como treinador — disse Fernando Diniz.
Apesar da confiança, o treinador foi realista e ressaltou que o Manchester City é o melhor time do mundo, não à toa é o atual campeão da Liga dos Campeões da Europa e do Campeonato Inglês.
— Quando a gente vai jogar futebol, a primeira coisa que você tem de ter é confiança de que você pode vencer. Sempre entrei com a intenção de vencer o jogo. O Fluminense vai fazer o máximo possível. Vamos enfrentar o melhor time do mundo, mas isso não nos impede de sonhar e fazer nosso melhor. O que vamos fazer amanhã é ser o melhor possível — disse.
Sobre o estilo de jogo do Fluminense, que chegou a ser criticado até mesmo por Renato Portaluppi, Diniz garantiu que o padrão da vitória sobre o Al Ahly, do Egito, será mantido, assim como foi durante toda a temporada.
— Nosso estilo de jogo vai ser mantido, só vamos corrigir para não errarmos como contra o Al Ahly. O campo de treinamento é muito diferente do estádio. A grama está muito mais baixa no estádio. Muito molhado. Sentimos muita essa adaptação. Tivemos nervosismo e também erramos por conta da adaptação do campo. Parece os campos de grama sintética do Brasil. Isso muda o aspecto do jogo — disse.
Diniz prometeu fazer o possível para levar um time brasileiro de volta ao topo do mundo, o que não acontece desde 2012, quando o Corinthians derrotou o Chelsea.
— O Fluminense vai jogar como um time que acredita nos seus valores e acredita que as coisas são possíveis. Não há uma receita para a gente ganhar. Vamos fazer o que temos de melhor. Não vamos fugir das nossas características. Nos preparamos muito. A gente assiste eles a muito tempo, mapeamos, vamos estudar. É um time muito completo, muito bem treinado. Vamos procurar fazer o nosso melhor com bastante humildade, ser inteligente no jogo e ter coragem para fazer o que costumeiramente fazemos — afirmou.
Ele ainda tratou de colocar como "falta de respeito" a publicação do diário The Telegraph, da Inglaterra, que comparou o Fluminense a um time de aposentados, por ter no elenco jogadores veteranos, como Felipe Melo, Fábio e Marcelo.
— Não é o resultado do jogo que define o que está errado ou não. Se o City ganhar da gente, o cara tem razão? Não, é uma falta de respeito. Isso é uma coisa que temos de aprender. Como muita gente no Brasil torceu para que esse time fosse de aposentado. Amanhã, pode ganhar, perder ou empatar. Mas esse cara nunca está certo. Não vamos jogar para responder, vamos jogar por uma declaração muito maior — concluiu.