Pela primeira vez desde que assumiu a Seleção Brasileira, Fernando Diniz terá de montar o time sem Neymar. Submetido a cirurgia no joelho, o camisa 10 não estará presente contra a Colômbia, nesta quinta-feira (16), e diante da Argentina, na próxima terça (21).
Mas, apesar do desfalque, o treinador se apressou para diminuir a pressão sobre os jogadores que terão a missão de amenizar a ausência da maior estrela do Brasil.
— A gente tem uma geração extremamente talentosa, que surgiu há dois anos mais ou menos. Muitos podem assumir esse protagonismo. Mas é importante que a gente não coloque esse peso. Os jogadores têm que se sentir leves e fazer o seu melhor. São destaques pelo mundo, Raphinha no Barcelona, Rodrygo e Vini Jr no Real Madrid, Gabriel Martinelli e Gabriel Jesus no Arsenal. De maneira natural, vão assumir o protagonismo, mas ninguém tem que se preocupar em assumir o papel do Neymar — analisou ele, em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (15).
Além de Neymar, o Brasil também não poderá contar com o goleiro Ederson, o volante Casemiro e os atacantes Richarlison e Gabriel Jesus, todos lesionados. O último até foi convocado, mas não viajará a Barranquilla, sendo resguardado para o clássico da próxima semana no Maracanã.
Diante da ausência de um camisa 9 mais experiente, havia a expectativa de que o jovem Endrick, do Palmeiras, pudesse ganhar uma oportunidade entre os titulares. Porém, pela fala de Diniz, isso não vai ocorrer em Barranquilla.
— Aqui temos 24 jogadores para receber atenção. Ele (Endrick) está sendo muito bem nutrido de informações no Palmeiras com o Abel (Ferreira), mas é baixar um pouco a expectativa. Ele não tem que ser um jogador pressionado. A gente não tem que ficar esperando tudo do Endrick com 17 anos. Eu vejo um potencial gigantesco. Pode no futuro se tornar um daqueles jogadores lendários do futebol brasileiro, mas isso o tempo vai confirmar — comentou o comandante brasileiro.
Conforme mostrou no penúltimo treino na Granja Comary, Diniz apostará em um ataque muito versátil, sem um centroavante de ofício. Assim, Vinicius Júnior e Rodrygo ficarão soltos por dentro, com a missão de ingressar na área rival.
— É uma maneira de aproveitar o momento deles no Real. Eles já têm jogado de uma maneira mais centralizada. O Rodrygo tem uma característica de um encaixe perfeito do que penso de futebol. Ele não vai mudar muito a característica do que ele vinha fazendo nos outros jogos. Com a entrada do Martinelli, podem acontecer trocas nos lados. Ter uma tendência de ter mais movimento e trocas posicionais. E com o próprio Raphinha. A gente espera aproveitar ao máximo esses quatro jogadores para criar dificuldades para os adversários — complementou.
A provável escalação do Brasil tem: Alisson; Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; André, Bruno Guimarães, Raphinha, Rodrygo, Vinicius Júnior e Gabriel Martinelli. A delegação chegará a Barranquilla na noite desta quarta-feira (15), e o jogo ocorrerá às 21h (de Brasília) desta quinta.